Com recursos pleiteados junto ao Ministério da Justiça, o governo do Estado vai investir no neste ano R$ 1.522.213,48 em ações do projeto “Mulheres da Paz” em Palmas e Gurupi. Os projetos foram elaborados pelo Departamento de Polícia Comunitária, da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
O projeto “Mulheres da Paz” é uma iniciativa do Ministério da Justiça e tem por objetivo capacitar mulheres atuantes na comunidade para que se constituam institucionalmente, como mediadoras sociais a fim de fortalecer as práticas políticas e socioculturais desenvolvidas por elas mesmas, para elas. O projeto também visa construir e fortalecer redes de prevenção da violência doméstica e enfrentamento às violências que compõem a realidade local e que envolvam jovens e mulheres.
As mulheres da Paz pertencem à própria comunidade e são capacitadas em vários temas de relevância social voltados à prevenção à violência e a preservação dos direitos humanos e da cidadania. O projeto também tem como objetivo prevenir a violência juvenil e o envolvimento dos jovens com o submundo das drogas.
De acordo com o e diretor do Departamento, Jefferson Fernandes Gadelha essas mulheres atuam na mobilização social articulando, em parceria com a equipe multidisciplinar do Projeto. ”A rede de proteção social, mantendo a interlocução e encaminhando jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade para que sejam atendidos pelos serviços municipais e por projetos de formação e capacitação”, destacou.
Outras ações
De acordo com balanço da SSP, de 2011 até o presente momento foram realizados diversos projetos e programas que beneficiaram centenas de mulheres em Palmas e também, no interior do Estado. Os principais foram: “Mulher mais Consciente, Apito pela Paz e “Mulheres da Paz”.
O projeto “Mulher mais Consciente” surgiu com o objetivo de promover, por meio de medidas preventivas, a redução de todos os tipos de violência doméstica praticadas contra a mulher, além de fornecer o amparo necessário às famílias vitimadas por esse terrível mal. Nos últimos três anos, cerca de 700 mulheres foram cadastradas e visitadas por equipes de policiais e assistentes sociais do Departamento de Polícia Comunitária.
Já o programa “Apito pela Paz” constituiu-se em uma estratégia de fortalecimento das redes comunitárias de segurança com o objetivo de alertar as famílias da rua, quadra ou bairro, para a incidência da violência doméstica na região por meio de silvos e apitos, possibilitando o acionamento mais célere dos agentes de segurança e coagindo a ação do agressor.
Para o secretário da Segurança Pública, José Eliú de Andrada Jurubeba, estes projetos têm sido muito importantes no combate à violência contra a mulher no estado. “O objetivo dos investimentos é a conscientização da mulher de que a violência que ela possa estar sendo submetida ou possa a vir a sofrer, não deve ser aceita em hipótese alguma, bem como, oferecer instrumentos que a auxiliem onde buscar ajuda e como a mesma deve agir”, afirmou.
O secretario lembrou também que os programas não são voltados apenas para as vítimas, mas também a conscientização da sociedade como um todo. “Nosso objetivo é diminuir os casos de violência doméstica, através de informações coibindo os possíveis agressores, bem como esclarecer os direitos e o papel do Estado quando a vítima necessitar”, ressaltou o secretário.