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Economia

Todos fogem das dívidas, mas elas acompanham o dia a dia de muitas pessoas. Só em Palmas, a expectativa é que cerca de 53 mil consumidores tenham dívidas segundo os entrevistados que participaram da pesquisa que mede o endividamento e a inadimplência dos consumidores de Palmas (PEIC). Em Julho, 75,7% das pessoas que responderam ao questionário disseram ter dívidas, um leve aumento de apenas 0,5% quando comparado ao mês de Junho.

Da parcela de entrevistados que afirmam ter dívidas, 71,1% consideram-se pouco endividados. 7,8% disseram que têm dívidas em atraso e somente 0,1% não terão condições de pagá-las. O ranking com os tipos de dívidas mais comuns permanece o mesmo, em primeiro lugar o cartão de crédito (72,3%), carnês (31,9%) e financiamento de carro (30,9%).

Para o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Bruno Fernandes, a alta nos juros e ganhos de renda mais modestos geram condições menos favoráveis para o endividamento. “O crescimento do custo do crédito vem induzindo as famílias a ter mais cautela ao contratar e renovar empréstimos e financiamentos”, afirma o economista.

O tempo médio de atraso dessas contas registrado é de 47 dias, já o comprometimento médio de meses com as dívidas é de 8,6 meses.

A média obtida do comprometimento da renda familiar com dívidas ficou em 32,7%. O presidente da Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, explica que essa média está um pouco acima do ideal. “Diversos economistas e especialistas no assunto sugerem que as pessoas devam gastar apenas 30% de sua renda familiar com esses tipos de gastos para que não haja um desequilíbrio financeiro. É importante que as pessoas calculem e façam o planejamento de suas compras para que não se tornem futuramente inadimplentes”, disse.

No total foram entrevistadas 500 pessoas, nos últimos dez dias do mês do junho. A PEIC é realizada mensalmente pela Fecomércio Tocantins em parceria com a CNC. (Ascom Fecomércio)