Segundo dados do Banco Central, o Banco da Amazônia, principal instituição financeira de fomento do Norte do Brasil, ampliou de 58,59% para 59,87% sua participação na concessão deste tipo crédito no primeiro semestre de 2015. O crescimento de 1,28% no mercado se refletiu diretamente nos resultados apresentados pela empresa, que divulgou nesta última quarta-feira (12) seu balanço financeiro dos primeiros seis meses deste ano. O documento aponta que a instituição obteve lucro líquido de R$ 106,7 milhões, 77,5% a mais que nos seis primeiros meses de 2014, quando o lucro líquido foi de R$ 60,1 milhões.
O resultado gerou uma rentabilidade de 12,5% sobre o Patrimônio Líquido (PL), contra 7,4% no primeiro semestre de 2014, sendo que o PL passou a ser de R$ 1,79 bilhão, uma elevação de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o PL foi de R$ 1,67 bilhão.
A atuação teve impacto sobre o índice de Basiléia, que mede o capital regulamentar do banco, verificando a compatibilidade do Patrimônio de Referência (PR) com o grau de risco dos ativos, passivos e compensação. Até junho passado, o percentual deste índice foi de 16,6%, sendo que no mesmo período do ano passado foi de 12,7%.
Resultado Operacional
A evolução da participação no mercado incidiu, ainda, sobre o Resultado Operacional da empresa em 2015, na ordem de R$ 248,6 milhões, margem 105,2% maior que a apresentada no mesmo período de 2014 (R$ 121,2 milhões).
“Estamos muito felizes com esses resultados, pois isso demonstra que vimos cumprindo com nossa missão de promover o desenvolvimento da região. O saldo positivo se deu por inúmeros fatores, desde as ações estratégicas realizadas, passando pelo compromisso e o engajamento de cada colaborador na busca pelo progresso da Amazônia e o fortalecimento de nossa empresa, até o aumento dos negócios com os clientes e as parcerias com Governos, instituições públicas e privadas e sociedade civil, alinhados com as diretrizes e programas do Governo Federal”, explicou Valmir Pedro Rossi, presidente do Banco da Amazônia.
O aumento significativo no Resultado Operacional se deveu a inúmeros fatores, com destaque para a elevação de 48,9% das receitas com operações de crédito de fomento e comercial, chegando a R$ 246,8 milhões nos seis primeiros meses deste ano, sendo que em 2014, no primeiro semestre, este valor foi de R$ 165,8 milhões. Destaca-se, ainda, a evolução do resultado com Títulos e Valores Mobiliários de 20,9% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 355,3 milhões), chegando ao montante de R$ 429,6 milhões.
O controle das despesas também foi importante para este resultado, em aliança com as metas de redução de despesas gerenciáveis postos em prática em todas as unidades da instituição que se encontram nos nove estados da Amazônia Legal, e mais em São Paulo, capital, e Brasília, no Distrito Federal.
Outro componente importante diz respeito ao controle da qualidade da carteira de crédito do banco. O índice que mede essa qualidade passou de 8,7% (junho/2014) para 8,6% em junho de 2015, demonstrando que a instituição manteve estável a inadimplência. Outros fatores positivos ocorreram na área de recuperação de crédito, com um resgate na ordem de R$ 56 milhões, e no lançamento de novos produtos e serviços, como a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), o móbile banking e os novos cartões de débito com chip, dentre outros.
Performance do banco impacta na economia
A performance apresentada traz impactos diretos sobre a economia do país e da região. Entre os benefícios socioeconômicos gerados pelo Banco da Amazônia destacam-se os efeitos sobre o Produto Interno Bruto (PIB), com injeção de valores na ordem de R$ 8,7 bilhões; sobre o Valor Bruto da Produção (VBP) – tudo que foi produzido pela indústria, comércio e demais setores da economia –, com cifras superiores a R$ 17 bilhões; sobre os tributos, com valores que alcançaram os R$ 2,5 bilhões; e sobre os salários, com aporte de R$ 1,7 bilhão. O desempenho também impactou a geração de emprego na região. Os empreendimentos incentivados com os créditos de fomento e comercial disponíveis colaboraram para a geração e/ou manutenção de 301 mil postos de trabalho.
O balanço financeiro aponta, ainda, que somente nos seis primeiros meses deste ano, o Banco da Amazônia apresentou um saldo de R$ 22,2 bilhões na sua carteira de crédito de fomento e comercial, aqui incluídos os investimentos feitos com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), carro-chefe na alavancagem dos empreendimentos da região amazônica. Esses recursos – que já estão nas mãos dos empreendedores e retornarão ao caixa do banco para novos investimentos – apresentaram um crescimento de 23,2% em relação ao mesmo período de 2014 (R$ 18,1 bilhões). “Este é outro índice extremamente positivo e que merece ser comemorado, pois significa que nossos recursos estão fazendo a economia girar. Quanto mais saldo em nossa carteira de crédito, mais pessoas e empresas estão dinamizando seus negócios e a região”, explica Valmir Pedro Rossi.
No primeiro semestre de 2015, os Ativos Totais (Banco da Amazônia e FNO) chegaram ao montante de R$ 32,2 bilhões, ou seja, os bens e os direitos da empresa evoluíram 8,41% em relação ao mesmo período de 2014 (R$ 29,7 bilhões). Com esses números, o banco se consolida cada vez mais como a principal Instituição financeira da Região Norte e braço forte do Governo Federal na execução das políticas públicas, especialmente, no que se refere à aplicação dos recursos do FNO em todos os Estados da região. Para este ano estão previstos mais de R$ 8,4 bilhões em aplicações de crédito, recursos que servirão à promoção do desenvolvimento integrado e sustentável da Região Amazônica e, ao mesmo tempo, reduzir as desigualdades intra e inter-regionais, propiciando a melhoria da qualidade de vida das populações locais.
Operações de crédito
As operações de créditos realizadas pelo Banco da Amazônia também cresceram no primeiro semestre de 2015. Em junho, essas operações alcançaram R$ 3,6 bilhões, uma variação positiva de 38,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando esse valor foi de R$ 2,6 bilhões. Com relação aos recursos liberados pelo FNO, o volume superou a marca de R$ 2,4 bilhões, um crescimento de 20,41% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 2 bilhões).
Quanto ao volume total de crédito de fomento contratado este chegou a R$ 2,2 bilhões, superando em 8,2% o realizado no mesmo período de 2014 (R$ 2,03 bilhões). Desse total, R$ 1,9 bilhão foi por meio do FNO, ou seja, 13,2% a mais que no ano passado (R$ 1,8 bilhão), sendo que o Banco da Amazônia beneficiou especialmente minis, micros e pequenos empreendimentos com esses recursos. Esses segmentos contrataram 76,8% (R$ 1,5 bilhão) do total dos recursos do Fundo. “O Governo Federal estabelece ao banco que este deve investir, no mínimo, 51% dos recursos do FNO com os pequenos segmentos. Chegamos a mais de 76%, ou seja, mais do que cumprir com o estabelecido estamos contribuindo para diminuir as desigualdades regionais”, assevera Valmir Pedro Rossi.
Dos recursos contratados pelo Fundo, R$ 174,1 milhões foram por meio do Programa de Financiamento para Manutenção e Recuperação da Biodiversidade Amazônica, o FNO-Biodiversidade, que contribui para a manutenção e recuperação da biodiversidade da Amazônia. O Biodiversidade financia desde a regularização e recuperação de áreas degradadas até produtores que utilizam os recursos naturais de forma racional, com a adoção de boas práticas de manejo. As operações contratadas com o FNO-Biodiversidade apresentaram evolução de 265,9% em relação ao mesmo período de 2014.
Ações de patrocínio e investimentos
No primeiro semestre de 2015, o Banco da Amazônia aprovou aproximadamente R$ 1,9 milhão para patrocinar 132 projetos em toda a região Amazônica. Voltados aos segmentos cultural, esportivo, social, ambiental, eventos, feiras e exposições, os projetos contribuem para o desenvolvimento sociocultural e ambiental, gerando oportunidades de trabalho, emprego e renda, e auxiliando na melhoria da qualidade de vida e no acesso à inclusão social. Na área esportiva, por exemplo, a Instituição patrocina o treinamento de atletas olímpicos e paraolímpicos. Essas ações tornam o Banco da Amazônia uma das empresas que mais investem em patrocínios na região.
No que se refere às Micro e Pequenas Empresas (MPEs), o Banco da Amazônia aplicou este ano um volume de R$ 317 milhões em mais de 1.910 operações de financiamento. O impulso também seu deu nos negócios dos pequenos empreendedores, especialmente aos alinhados com o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) do Governo Federal. Por meio do Programa “Amazônia Florescer”, vinculado ao PNMPO, foram aplicados R$ 37,1 milhões em pequenos negócios, um crescimento de 12,4% em comparação ao primeiro semestre de 2014. Com relação ao Microcrédito Rural, o volume de aplicação foi de R$ 4,8 milhões. Desde o início de suas atividades, em dezembro de 2007, o “Amazônia Florescer” já realizou 146.668 atendimentos e aplicou R$ 226,1 milhões.
O volume de contratações para os Microempreendedores Individuais nos primeiros seis meses deste ano foi de R$ 7 milhões, sendo que R$ 5,4 milhões vieram do FNO, representando um crescimento de 112,3% em comparação com o primeiro semestre de 2014. Para alavancar o setor, o Banco da Amazônia reforçou a parceria com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE-PR) e, em conjunto com o Sebrae, promoveu eventos em diversos municípios amazônicos.
O banco também aplicou na agricultura familiar. Os investimentos na área foram de R$ 368,6 milhões, com a realização de 12.014 operações, uma elevação de 8,6% em relação ao mesmo período de 2014, quando foram aplicados R$ 339,4 milhões, com a efetivação de 18.449 operações. Desde o Plano Safra 2011/2012, o Banco da Amazônia vem superando a meta de contratação estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a Agricultura Familiar. No ano em que o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) completa 20 anos, a instituição está comemorando mais um recorde na aplicação dos recursos do Plano Safra, referente ao período 2014/2015, finalizado em 30 de junho de 2015, quando as aplicações alcançaram R$ 736,2 milhões com base em uma meta de R$ 700 milhões, sendo realizadas 27.726 operações.
Investimentos em TI
No planejamento estratégico do banco, estão previstas ações para aperfeiçoar a relação da instituição com sua clientela. A ideia é a de atender integralmente o cliente, com produtos e serviços que sejam compatíveis com suas necessidades, daí os altos investimentos feitos pelo banco da Amazônia nos primeiros meses deste ano para melhorar ainda mais essa relação.
A área de Tecnologia da Informação, por exemplo, disponibilizou novos sistemas administrativos e de suporte aos negócios do banco, além de melhorar os sistemas já existentes. Foram instalados novos servidores em agências, onde se investiu R$ 7,9 milhões, adquiridos ativos de rede para a modernização de Data Centers, com investimentos na ordem de R$ 2 milhões, desenvolvidos novos aplicativos para Mobile Banking, LCA, Domicilio Bancário, além de Campanha para Recuperação de Ativos, com investimentos de R$ 428 mil, e trocados os cartões de tarja por cartões com chip, investindo-se na ação R$ 1,7 milhão.
Na área de treinamento, o banco investiu no primeiro semestre de 2015 R$ 1,9 milhão em ações voltadas à capacitação de seus colaboradores, que realizaram cursos nas seguintes áreas: administrativa e suporte, atendimento, comunicação, controle, educacional, estratégia e desenvolvimento, financeira, negócio, pessoas e tecnologia da informação. O banco encerrou o primeiro semestre com 3.722 colaboradores, sendo 3.169 empregados e 522 estagiários.
Banco Lança Edital
Desde 1999, o Banco da Amazônia apoia sistematicamente a pesquisa científica na região Amazônica, quando passou a desenvolver o Programa de Apoio a Pesquisa no qual já foram apoiados, com recursos financeiros não reembolsáveis, 371 projetos, em parcerias com mais de 40 instituições de pesquisa presentes na Amazônia Legal. De lá para cá já foram feitos investimentos na ordem de R$ 26,5 milhões. No primeiro semestre, o banco lançou o Edital Público de Pesquisa Científica e Tecnológica 2015, que contemplará com recursos na ordem de mais de R$ 1 milhão os projetos selecionados. Esta edição contemplou os nove Estados da Amazônia Legal, sendo que foram apresentadas 218 propostas e aprovadas 33, sendo 19 do Pará, seis de Rondônia, dois do Amazonas, dois do Mato Grosso, um do Amapá, um do Maranhão, um do Acre e um de Roraima. Os projetos foram selecionados com base na somente na inovação, mas também pela amplitude dos resultados e benefícios que serão gerados por cada uma das ações desenvolvidas nesses projetos.