O deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) voltou a utilizar a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, 26, para cobrar os esforços do Governo do Estado para a redução de despesas neste momento de crise. “É isso que não estamos vendo aqui. Não reduziu uma única secretaria, um cargo sequer. Vamos esperar para ver se haverá redução de pastas”, ponderou.
O parlamentar disse discordar quando o governo não dá nenhuma demonstração de que irá diminuir o tamanho da máquina administrativa, mas que divulga, antecipadamente, que pretende repassar a conta ao contribuinte. “O que esperávamos do Governador, em primeiro lugar, era a diminuição de secretarias, de contratos de trabalho, de comissionados. E a retirada imediata de alguns que estão na folha (de pagamento), que hoje não cabem mais. A folha não comporta quem não trabalha, quem não derrama seu suor”, afirmou. Eduardo disse que nenhum Governo pode se eximir dessa prática desde a criação do Tocantins, mas que hoje não é mais possível devido a crise vivida pelo Estado.
Eduardo Siqueira relembrou que o ex-governador Siqueira Campos concedeu isenções para os itens da cesta básica visando aumentar o poder de compra das classes menos favorecidas. “Espero que o Governo mantenha as isenções para as classes mais desfavorecidas e não siga o modelo do Governo Federal que tirou a desoneração da folha e aumentou o desemprego”, declarou.
O parlamentar afirmou que medidas que retiram incentivos precisam ser estudadas, mas que o Governo do Estado precisa fazer sua parte e demonstrar que está enxugando a máquina e cortando despesas. “Apoiarei o que for de contenção de gastos, como a devolução de carros, a troca por veículos mais modestos, ou até que os secretários utilizem seus próprios carros. Mas se for pra aumentar impostos e não rediscutir algumas isenções dadas, sem que o Governo dê ao menos uma demonstração de redução de gastos, aí não posso concordar”, frisou.
O deputado também parabenizou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Osíres Damaso (DEM), pela declaração de que abrirá o Parlamento pretende discutir com a sociedade organizada sobre o pacote de medidas do Governo. “Mostra que o Parlamento está sintonia com debate dos temas atuais”, finalizou