Depois de cinco anos batendo recordes no índice de crescimento de mais de 10%, a cada safra, as expectativas para a safra de grãos 2015/2016 no Tocantins é de queda na produção de 9,8%. É o que prevê o 5º levantamento de estimativa de produção de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira, 04. O motivo principal foi às condições climáticas, ocasionando o atraso no plantio e em algumas propriedades, a necessidade de replantar áreas.
De acordo com a estimativa a produção de grãos será de 3.816,33 mil toneladas (t), mais de 440 mil a menos que na safra 2014/2015. A maior queda entre as principais culturas será a do milho, com 17,3% menor que a anterior, que foi de 1.049,91 mil/t. O arroz também terá redução significativa com 8,6%, mais de 100 mil/t a menos que a safra 2014/2015, seguido da soja, com 6,5%, passando de 2.476,02 mil/t na safra passada com previsão para 2.314,56 mil/t nesta safra.
A área plantada também teve redução, especialmente o milho, com 17% a menos que na safra anterior, sendo que o maior índice foi no amendoim, com 42% menos, seguido do feijão, com 26,8% e o arroz, com 3,3%. Já a soja teve aumento de área em mais de 3%, passando de 849,63 mil hectares (ha) para 877,54, entretanto o crescimento da área de plantio foi prejudicado pela queda na produção.
Para o gerente de Agricultura da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), Genebaldo Queiroz, está sendo um ano bem atípico para a produção agrícola em geral, principalmente para a produção de grãos. “Antes do plantio, os produtores que já haviam sido penalizados com a alta do dólar, dos combustíveis, da mão-de-obra e da energia elétrica, fatores que refletiram no aumento dos preços dos insumos elevando significativamente os custos de produção. E na época do plantio tiveram que enfrentar a irregularidade climática”.
O gerente diz que muitos produtores ainda temem mais prejuízos se houver excesso de chuvas no período da colheita. “A expectativa do setor era de crescimento da produção em 10% e o levantamento prevê queda, entretanto os dados são projeções, estamos apenas no início da colheita, podendo sofrer alterações até o fechamento da safra”, completa.