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Economia

Foto: Divulgação

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O Banco da Amazônia liberou em 2015 o equivalente a R$ 5,7 bilhões em créditos de fomento a empreendedores locais, um desempenho 10,5% maior que o apresentado em 2014 (R$ 5,2 bilhões), resultado que consolida sua posição de principal instituição financeira de fomento do Norte do Brasil, onde é responsável por 62,77% das concessões deste tipo crédito na região. O resultado positivo foi divulgado nesta segunda-feira (29), no Diário Oficial do Estado, onde a instituição publicou seu balanço financeiro referente ao exercício do ano passado.

Segundo o documento, o Banco da Amazônia obteve, em 2015, lucro líquido de R$ 249 milhões, registrando crescimento de 35,8% em relação a 2014, quando o lucro líquido apresentado foi de R$ 183,3 milhões (reclassificado). Com o encerramento do exercício, o Patrimônio Líquido da instituição foi de R$ 1,9 bilhão, superior em 12,4% em relação a 2014, quando o PL apresentado foi de R$ 1,7 bilhão.

Os números apresentados estão sendo muito comemorados pelo banco, principalmente por conta do cenário econômico adverso enfrentado no Brasil e no mundo ao longo de 2015.  “A instabilidade da economia mundial deixou o mercado inconstante. No Brasil, tivemos que lidar com ajustes macroeconômicos fiscal e monetário, além da elevação dos juros e da inflação. Ainda assim, o Banco da Amazônia continua sendo o principal aliado dos investidores na região, em virtude de nossos produtos, serviços e taxas diferenciadas”, explicou Marivaldo Gonçalves de Melo, presidente do Banco da Amazônia.

O executivo também justifica o bom desempenho ao trabalho realizado com base nas metas estabelecidas. “Mantivemos o foco em nossos propósitos e isto fez a diferença, assim como o empenho de cada colaborador, dos parceiros institucionais e dos nossos clientes, que seguiram acreditando no banco e no seu importante papel para o desenvolvimento da região amazônica”, destacou o presidente.

O balanço financeiro informa, ainda, que o Resultado Operacional do Banco da Amazônia foi na ordem de R$ 443,6 milhões em 2015, maior em 54,1% maior que o de 2014 (R$ 287,8 milhões). A evolução é fruto, dentre outras ações, da elevação das Receitas de Operações de Crédito em 52%, a evolução do resultado com Títulos e Valores Mobiliários de 20,8%, o aumento das Receitas de Prestação de Serviços em 45,2%, em conjunto com um rígido controle das despesas administrativas que cresceram abaixo da inflação.

Algumas estratégias foram determinantes para a atuação favorável, com destaque, por exemplo, a captação de aplicações financeiras como a Letra de Crédito do Agronegócio, produto de renda fixa, destinado a investidores com potencial de aplicação inicial de R$ 30 mil. Lançado em março, o LCA apresentou saldo de R$ 272 milhões. Outro destaque foi a captação de novos clientes, com um aumento na carteira em mais 41.636 novos correntistas, um crescimento de 182,4% em comparação com o exercício de 2014, quando aderiram ao banco 22.824 novos clientes. O aprimoramento dos Controles Internos (SCI) e o fortalecimento da Governança Corporativa da Instituição também foram importantes para o resultado, especialmente por aperfeiçoar os processos e controles referentes aos negócios.

A atuação gerou impacto, também, sobre o Índice de Basiléia, que mede o capital regulamentar do banco, verificando a compatibilidade do Patrimônio de Referência (PR) com o grau de risco dos ativos, passivos e compensação. Em 2015, o percentual deste índice foi de 17,6%, sendo que em 2014 foi de 17,5%.

Impacta na Economia

O desempenho apresentado pelo Banco da Amazônia influencia positivamente a economia do país e da região, como os efeitos gerados sobre o Produto Interno Bruto (PIB), na ordem de R$ 20,9 bilhões; sobre o Valor Bruto da Produção (VBP), ou seja, sobre tudo que foi produzido pela indústria, comércio e demais setores da economia, com impacto de R$ 40,1 bilhões; sobre os tributos, onde os valores foram de R$ 5,9 bilhões; e sobre os salários, com aporte de R$ 4,2 bilhões. O desempenho também impactou a geração de emprego na região, pois os empreendimentos incentivados pelo banco com os créditos de fomento e comercial colaboraram para a geração e manutenção de mais 708 mil postos de trabalho.

O balanço financeiro aponta que o Banco da Amazônia apresentou um saldo de R$ 23,5 bilhões na sua carteira de crédito de fomento e comercial, aqui incluídos os investimentos feitos com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Os recursos que já estão nas mãos dos empreendedores e retornarão ao caixa do banco para novos investimentos apresentaram um crescimento de 23,5% em relação a 2014, quando o saldo foi de R$ 19,7 bilhões.

No ano passado, os Ativos Totais (Banco da Amazônia e FNO) chegaram ao montante de R$ 32,9 bilhões, ou seja, os bens e os direitos da empresa evoluíram 5% em relação ao ano anterior (R$ 31,3 bilhões). Com esses números, a instituição se consolida cada vez mais como a principal organização financeira da Região Norte e braço forte do Governo Federal na execução das políticas públicas, especialmente, no que se refere à aplicação dos recursos do FNO em todos os Estados da região.

Para 2016 estão previstos mais R$ 5,9 bilhões em aplicações de crédito, recursos que servirão à promoção do desenvolvimento integrado e sustentável da Região Amazônica e, ao mesmo tempo, reduzir as desigualdades intra e inter-regionais, propiciando a melhoria da qualidade de vida das populações locais.

FNO privilegia pequenos empreendimentos

As operações para liberação de créditos realizadas pelo Banco da Amazônia também cresceram ao longo de 2015, alcançando a cifra de R$ 5,7 bilhões, uma variação positiva de mais de 10% em relação a 2014, quando esse valor foi de R$ 5,2 bilhões. Como principal fonte de fomento, o FNO liberou R$ 5 bilhões, ultrapassando em 12% o volume de recursos aplicados em 2014, no caso, R$ 4,5 bilhões.

Dos recursos contratados pelo FNO, R$ 99,7 milhões foram por meio do Programa de Financiamento para Manutenção e Recuperação da Biodiversidade Amazônica, o FNO-Biodiversidade, que contribui para a manutenção e recuperação da biodiversidade da Amazônia. O Biodiversidade financia desde a regularização e recuperação de áreas degradadas até produtores que utilizam os recursos naturais de forma racional, com a adoção de boas práticas de manejo. Lançado em 2015, o Programa de Agricultura de Baixo Carbono, o FNO-ABC recebeu investimentos de R$ 176,5 milhões nos projetos agropecuários e florestais para redução da emissão de gases de efeito estufa na Região.

Ações de Patrocínio e Investimentos

O Banco da Amazônia investiu em patrocínios, em 2015, R$ 2,7 milhões, recursos direcionados às áreas culturais, esportivos, sociais, ambientais, eventos, feiras e exposições. Os projetos contribuíram para o desenvolvimento sociocultural e ambiental, gerando oportunidades de trabalho, emprego e renda, e auxiliando na melhoria da qualidade de vida e no acesso à inclusão social. Na área esportiva, por exemplo, o banco patrocina o treinamento de atletas olímpicos e paraolímpicos. Essas ações tornam o Banco da Amazônia uma das empresas que mais investem em patrocínios na região.

No que se refere às Micro e Pequenas Empresas (MPEs), o Banco da Amazônia aplicou um volume de R$ 581 milhões em 3.433 operações de financiamento.  O impulso também seu deu nos negócios dos pequenos empreendedores, especialmente aos alinhados com o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) do Governo Federal.

O Programa “Amazônia Florescer”, vinculado ao PNMPO, atende de forma ágil e simplificada aos pequenos negócios, nas áreas urbana e rural. No microcrédito urbano, em 2015, foram atendidos 40.421 clientes e aplicados R$ 79,3 milhões, representando um aumento de 15,4% em relação a 2014, quando foram destinados R$ 68,7 milhões para atender 39.403 clientes. Com relação ao microcrédito rural, o atendimento chegou a 3.629 agricultores familiares, com volume de aplicação na ordem de R$ 12,4 milhões.

O volume de contratações para os Microempreendedores Individuais no ano passado foi de R$ 13,5 milhões, representando um crescimento de 21,6% em comparação a 2014. Para alavancar o setor, o Banco da Amazônia reforçou a parceria com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE-PR) e, em conjunto com o SEBRAE, promoveu eventos em diversos municípios amazônicos, contribuindo diretamente com a formalização dos pequenos negócios na Amazônia.

Na agricultura familiar, o banco vem superando continuamente a meta de contratação estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para o setor. No ano em que o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) completou 20 anos, o Banco da Amazônia comemorou mais um recorde na aplicação dos recursos do Plano Safra, referente ao período 2014/2015, finalizado em 30 de junho de 2015. Foram aplicados no período R$ 736,2 milhões com base na meta de R$ 700 milhões, sendo realizadas 27.726 operações. E, no Plano Safra 2015/2016, foram aplicados R$ 306,6 milhões, com a contratação de 10.165 operações até dezembro de 2015.

Por intermédio do Pronaf, o banco vem atuando de forma expressiva para o desenvolvimento do setor no cenário regional, financiando projetos que atendem aos padrões de responsabilidade ambiental, econômica, social, cultural e política. No ano de 2015, foram aplicados R$ 668,9 milhões com base na meta de R$ 630 milhões, com a realização de 21.904 operações. “Mais do que cumprir metas, ao investirmos nos pequenos segmentos estamos cumprindo com nossa missão institucional e contribuindo para a diminuição das desigualdades regionais”, explicou Marivaldo Gonçalves de Melo.

O Banco e o PAC

A instituição também tem atuação destacada na execução do Programa de Aceleração do Crescimento. Desde o lançamento do PAC, em 2007, o banco tem contribuído com a iniciativa do Governo Federal no sentido de retomar a capacidade orientadora do Estado na questão do desenvolvimento brasileiro, especialmente no tocante ao incremento da taxa do investimento público e privado. Os projetos financiados no âmbito do PAC contemplam, sobretudo, setores estratégicos da economia regional, como transporte, saneamento básico e geração de energia.

De 2007 a 2015, foram contratados 45 projetos infraestruturantes no âmbito do PAC, no total de R$ 7,4 bilhões com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2015, o valor contratado de R9,3 milhões superou o realizado em 2014, quando foram aplicados R$ 187,5 milhões.

Investimentos em TI e Capacitação

No planejamento estratégico do banco, estão previstas ações para aperfeiçoar o relacionamento com os clientes, tendo sido feitos altos investimentos para alcançar esse objetivo. No ano passado, foram implantados novos serviços para ampliar a segurança de operações nos terminais de autoatendimento (TAA) e canais remotos, além de novos sistemas administrativos para contribuir com a evolução dos procedimentos tornando os processos internos mais ágeis.

Dentre os diversos produtos e serviços disponibilizados, estão: a disponibilização da funcionalidade para contratação de empréstimos para pessoa física no Internet Banking e nos TAA, a criação de canal de atendimento bancário para dispositivos móveis, o mobile bank, e a substituição dos cartões com tarja magnética para cartões com chip, em alinhamento às boas práticas de segurança do mercado, o que proporcionou a redução de fraudes eletrônicas além de contribuir para o aumento de 52,7% das transações eletrônicas com cartão. No ano passado foram efetivadas mais de 1,3 milhão de transações contra 897.331 em 2014.

Foram realizados, ainda, investimentos para a ampliação e melhoria da infraestrutura de TI, como a implantação de nova rede de intercomunicação entre as unidades de negócios, triplicando a velocidade da troca de dados, atualização e incremento de capacidade dos equipamentos de armazenamento de dados do datacenter (storage) e a substituição dos servidores das agências e instalação de equipamentos com maior poder computacional.

Na área de treinamento, o banco investiu, em 2015, R$ 5,2 milhões nas áreas administrativa e de suporte, atendimento, comunicação, controle, educacional, estratégia e desenvolvimento, financeira, negócio, pessoas e tecnologia da informação. O banco encerrou o exercício de 2015 com 3.526 colaboradores, sendo 3.195 empregados e 331 estagiários.

Edital Público de Pesquisa

Em 2015, o Banco da Amazônia lançou um edital de seleção pública de projetos de pesquisa, sendo contemplados 19 projetos com um valor total de R$ 2 milhões. Desde 1999, o Banco da Amazônia apoia sistematicamente a pesquisa científica na região Amazônica, quando passou a desenvolver o Programa de Apoio a Pesquisa no qual já foram apoiados, com recursos financeiros não reembolsáveis, 377 projetos, em parcerias com mais de 40 instituições de pesquisa presentes na Amazônia Legal. De lá para cá já foram feitos investimentos na ordem de R$ 26,6 milhões.

O incremento à pesquisa na região também ocorre por meio dos Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente, que têm por objetivo identificar projetos inovadores nas áreas ambiental, econômico-tecnológica e social, além do reconhecimento de personalidades que contribuam para o desenvolvimento da região.

Os prêmios buscam, ainda, a identificação de projetos com abordagem integrada, com potencial de transformação da realidade socioeconômica, iniciativas de suporte ao desenvolvimento regional, tendo como compromisso estimular o desenvolvimento de projetos inovadores na Amazônia Legal e o reconhecimento de empresas que contribuam para o desenvolvimento sustentável da região. Em 2015, foram avaliadas 277 propostas e as premiações trouxeram uma novidade, a inclusão de homenagem a uma microempreendedora de sucesso beneficiária do “Amazônia Florescer”, programa de financiamento do Banco da Amazônia voltado para microfinanças.

Incentivo ao Voluntariado

O Banco da Amazônia incentiva a prática do voluntariado e da solidariedade junto aos seus colaboradores. Foram realizadas diversas ações corporativas onde foram arrecadadas mais de 14 toneladas de alimentos não perecíveis, 25 mil itens de limpeza e 35 mil materiais de primeiro socorros, além de 8.970 brinquedos e mais de 7 mil materiais escolares que foram entregues a 25 instituições em toda a Amazônia.