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Economia

Foto: Divulgação

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O Saldo da Balança Comercial do Tocantins se manteve positivo no primeiro trimestre de 2016, sendo 67% superior ao mesmo período de 2015. Já o volume de comércio exterior registrou queda de -26%. A maior foi em março (-31%), nos outros dois meses a redução foi mais leve, ficando entre -17 e -18%. Nesse período, as exportações do estado tiveram queda de -6%, como mostra pesquisa realizada pelo Centro Internacional de Negócios – CIN -TO da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins – Fieto. 

Dos sete estados da Região Norte apenas Rondônia (10%) e Pará (6%) não reduziram suas exportações, o Amapá registrou maior queda (-31%) e o Tocantins e Amazonas reduziram cada um -6%. Em se tratando de importações, o Tocantins foi um dos que registrou maior queda (-63%), ficando atrás penas do Amapá e Acre, que reduziram as compras internacionais em 71%.

Conforme o levantamento, no 1º trimestre de 2016 o comércio exterior do Tocantins movimentou US$ 118 milhões, correspondendo a pouco menos de 0,05% do fluxo comercial brasileiro. As exportações somaram US$ 97 milhões, 6% inferior ao mesmo período de 2015, e as importações atingiram pouco mais de US$ 21 milhões, valor 63% menor que no ano passado. China, Holanda, Hong Kong, Rússia e Egito são os principais destinos dos produtos tocantinenses.

Embora tenha havido uma leve diversificação, a pauta exportadora do Tocantins em 2016, comparando com 2015, continua concentrada em produtos básicos, como grãos, carnes e derivados. Os produtos de artesanato foram os que registraram maior aumento nas exportações, 116%, correspondendo apenas a 0,02% do total exportado.

Dentre os principais produtos da pauta a soja caiu -25% e a carne bovina aumentou pouco mais de 1%.  Em 2016 as importações do estado também diversificaram, chamando atenção para o aumento de 281% na importação de combustíveis e óleos minerais.

A pesquisa da Fieto destaca ainda que aproximadamente 50% das exportações do Brasil são realizadas pelos estados da região Sudeste, e nas importações essa mesma região supera a metade do montante importado pelo País. Já a região Norte, onde o Tocantins está inserido, é responsável por pouco mais de 6% do total exportado na região e 5,9% das importações.

“A queda na exportação do principal produto da pauta exportadora do Tocantins, a soja, chama atenção especialmente devido alta do dólar que favorece a sua comercialização”, observa Greyce Labre, gerente da Unidade de Desenvolvimento Industrial da FIETO, acrescentando que, diferente dos demais estados, apenas o Tocantins (-25%), Distrito Federal (-84%) e Maranhão (-29%) reduziram a exportação de soja. “Apesar de os três primeiros meses do ano não serem historicamente relevantes na exportação de soja espera-se uma retomada nos próximos meses”, afirma a gerente.