A Área de Proteção Ambiental do Jalapão (APA-Jalapão) completou mais um ano de criação, nesse domingo, 31 de julho. São 16 anos compartilhando conhecimento e compromisso ambiental nos 461.730 hectares de três importantes Unidades de Conservação (UCs), a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba e o Parque Estadual do Jalapão, que abrange os municípios de Mateiros, Ponte Alta e Novo Acordo.
Com sua localização estratégica, a APA Jalapão faz parte do Corredor Ecológico Jalapão/Mangabeiras e sua importância se deve ao registro da presença de espécies ameaçadas de extinção, em seus limites, como o lobo-guará, a arara-azul-grande e o pato-mergulhão que é considerado uma das aves mais ameaçadas das Américas.
De acordo com o levantamento do Sistema de Gestão de Unidades de Conservação (GESTO), essa área possui uma significativa variedade de espécies, em um total de 818 registros. São 434 tipos de flora, 56 de mamíferos, 214 de aves, 25 de anfíbios, 44 de répteis e 45 de peixes. E desses, 46 espécies são consideradas ameaçadas, sendo 27 gêneros da flora, 10 de mamíferos e 9 tipos de aves.
Para a supervisora de Gestão de Unidade de Conservação da APA do Jalapão, Rejane Ferreira Nunes, desde o ano passado, a APA vem dialogando com a comunidade, tendo o Manejo Integrado do Fogo como uma das estratégias de gestão do território. “O Manejo Integrado do Fogo está baseado no diálogo, na participação e na responsabilidade na cogestão do fogo de forma a conhecer, entender e relacionar os conhecimentos e as necessidades das populações locais com os objetivos da Unidade”, relatou, complementado que outras atividades como o extrativismo de frutos do Cerrado, a agricultura familiar e o turismo de base comunitária são apoiadas pela equipe gestora da APA.