Vindos de Brasília (DF), para reconstruir a vida em Conceição do Tocantins, Edilson de Jesus, 29 anos, a mãe e uma irmã passaram por momentos difíceis na chegada, em 2005 e precisaram se apoiar no Programa Bolsa Família (PBF), do qual já foi beneficiário, e hoje é gestor na cidade de Conceição do Tocantins, cidade localizada a aproximadamente 247 km de Palmas. “Nós vivíamos em uma situação de vulnerabilidade e precisávamos de ajuda. Foi o Programa que nos deu condição de sobreviver durante seis anos até que nossa situação melhorasse”, comentou.
A melhoria de vida veio em 2011, quando a mãe de Edilson se aposentou e ele conseguiu seu primeiro emprego, em um supermercado da cidade. “Assim que minha mãe se aposentou e eu comecei a trabalhar, vimos que não tínhamos mais necessidade de ter esse benefício e que era a hora de sair do Bolsa Família. Não podíamos pegar a vaga de alguém que poderia estar na mesma situação que estávamos quando começamos a ser beneficiados, então fizemos a saída voluntária”, disse.
Como gestor do PBF, Edilson tenta repassar a mensagem de que o Programa deve ser utilizado como uma chance de crescimento dos beneficiários. “Sempre repasso que o PBF é um alicerce e não como um programa para a vida inteira. O PBF realmente é capaz de tirar as pessoas da situação de vulnerabilidade, mas elas precisam ter força de vontade para buscar algo novo, assim aconteceu comigo e com várias outras pessoas no nosso município”, afirmou.
Conscientização
Edilson de Jesus é um cidadão grato pelo benefício que foi primordial a ele e sua família nos primeiros anos de sua vida no Tocantins, e hoje, sente-se na responsabilidade de defender o Programa e também de conscientizar os beneficiários, que a ajuda é apenas uma guinada para que todos andem com as próprias pernas. “Temos de trilhar novos rumos e deixar que outras pessoas sejam contempladas”.
Governo
A secretária do Trabalho e da Assistência Social (Setas), Patrícia do Amaral diz que o Governo do Estado tem feito um trabalho consistente junto às famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, tanto no sentido de incentivá-las ao uso correto do recurso, como também de estimulá-las para gerar renda. “Estamos com ações intersetoriais em várias cidades do Estado. O nosso trabalho é com as secretarias de Educação, Saúde e as nossas assistentes sociais. Juntos, estamos esclarecendo sobre o PBF, Cartão do Idoso, emitindo Carteiras de Trabalho, realizando cursos da AAFETO, entre tantas outras ações integradas”, afirmou.
Esse conjunto de ações tem como objetivo, esclarecer a população e também oportunizar histórias como as de Edilson de Jesus, que após cinco anos usando o Bolsa Família passou a ser o gestor do BPF.