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Saúde

Moradora de Muricilândia, a mãe de Geycy Vitoria está no Rio acompanhando a filha, que passa bem depois de cirurgia cardíaca

Moradora de Muricilândia, a mãe de Geycy Vitoria está no Rio acompanhando a filha, que passa bem depois de cirurgia cardíaca Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Moradora de Muricilândia, a mãe de Geycy Vitoria está no Rio acompanhando a filha, que passa bem depois de cirurgia cardíaca Moradora de Muricilândia, a mãe de Geycy Vitoria está no Rio acompanhando a filha, que passa bem depois de cirurgia cardíaca

A preocupação da dona de casa Luciene Silva agora é o medo da viagem de volta de avião. De resto, ela se diz "muito aliviada". É que sua filha Geycy Vitoria Silva Conceição, de quase três meses, passou por cirurgia cardíaca esta semana no Centro Pediátrico da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e está muito bem. A equipe médica que acompanha a paciente diz que a recuperação da pequena Geycy está sendo melhor que o esperado e ela já está no quarto, ao lado da mãe, que não desgruda o olho da terceira filha. A expectativa é que ela possa retornar ao Tocantins em breve.

Assim que nasceu, Geycy precisou ser transferida para o Hospital Regional de Araguaína (HRA) por conta de uma cardiopatia com indicação de cirurgia. Como não há especialistas para este tipo de procedimento no Tocantins - uma carência que desafia diversos estados do Brasil - a Secretaria de Estado da Saúde conseguiu vaga no Centro Pediátrico da Lagoa, na capital carioca, e providenciou a transferência.

"A dedicada equipe da Secretaria de Saúde, em especial a da Regulação, tem trabalhado em todas as áreas de forma incansável na busca do tratamento a todos que necessitam de assistência especializada.  É fato que o Estado ainda não possui várias especialidades, mas esta é a determinação do governador Marcelo Miranda, que define a Saúde da população como prioridade de Governo e deu todo apoio para viabilizarmos o tratamento da Geycy, assim como de tantas outras pessoas que necessitam", disse o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir.

Moradora de Muricilândia, a mãe de Geycy Vitoria se diz a pessoa mais feliz do mundo. "Quando descobri que minha filha tinha problema, parecia que meu coração ia saltar para fora do corpo. Mas nunca deixei de acreditar que minha filha ia conseguir fazer a cirurgia. Ela está bem, gulosa e eu estou doida para poder levar pra casa", conta Luciene Silva, que mora em um sítio no Norte do Tocantins com o vaqueiro Francemildo Bezerra da Silva e mais dois filhos: Renato (8 anos) e Luana (3 anos). Agora, tudo o que ela quer é poder reunir os três filhos em casa.

A Secretaria de Estado da Saúde conseguiu mais uma vaga no Centro Pediátrico da Lagoa. Tão logo Geycy Vitoria retorne ao Estado, uma outra criança irá ser levada ao Rio de Janeiro para passar por cirurgia cardíaca.

Números da cardiopatia 

Por ano, nascem no Brasil cerca de 24 mil crianças com cardiopatia congênita, sendo que pelo menos 16 mil precisarão de intervenção cirúrgica. Para se ter uma ideia, no Rio de Janeiro, onde há diversos especialistas neste tipo de procedimento de alta complexidade, o déficit é de cerca de 350 cirurgias por ano, um desafio para todo o Sistema Único de Saúde (SUS).