Os servidores municipais de Rio da Conceição decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, dia 24. A decisão foi tomada em Assembleia Geral da categoria depois que o prefeito do município descumpriu um acordo feito com o Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe) e Ministério Público Estadual (MPE) para o pagamento dos salários atrasados.
No dia 16 de agosto o prefeito Astrogildo França Filho assinou um acordo extrajudicial com o Sisepe/TO e MPE, quando assumiu o compromisso de exonerar todos os secretários municipais e colocar servidores efetivos na função, exceto os gestores da Secretaria da Saúde, Controle Interno, Finanças e Secretaria da Educação.
O prefeito assumiu também o compromisso de exonerar 20 servidores contratados, cujo objetivo é reduzir gastos. Os servidores exonerados não poderão ser recontratados novamente.
Pagamento
Durante a audiência que selou o acordo, ficou acertado também um cronograma de pagamento dos salários que estão atrasados. O cronograma previa o pagamento dos salários de agosto até o dia 10 de setembro e o pagamento de todos os salários atrasados, inclusive dos servidores contratados, até o dia 30 de setembro.
Já o pagamento de setembro deverá ser efetivado até o dia 10 de outubro. No entanto prefeito descumpriu o acordo, o que acabou levando os servidores a aprovar greve geral por tempo indeterminado.
Concentrações
O delegado regional Sudeste do Sisepe/TO, Dimar Crisóstomo, afirma que a greve foi a única solução encontrada pelos servidores a fim de buscar o cumprimento dos seus direitos. “Por diversas vezes o Sindicato buscou negociações com a administração municipal, mas o prefeito sempre descumpriu os acordos. Inclusive ele acaba de descumprir um acordo extrajudicial feito perante o Ministério Público. Os servidores não tiveram outra saída a não ser a greve”, destaca Dimar.
As concentrações da greve acontecerão todos os dias na parte da manhã, em frente a Prefeitura Municipal de Rio da Conceição até que a administração municipal cumpra o acordo feito com o Sisepe e o Ministério Público.