Tocantins teve saldo negativo no número de empregos formais em novembro, apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) anunciados nesta última quinta-feira (29). No mês, as empresas do estado contrataram 4.817 trabalhadores e dispensaram 6.165, com um saldo negativo de 1.348 postos de trabalho (redução de 0,77% em relação a outubro).
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse acreditar na recuperação do emprego no estado nos próximos meses. “No ano que vem, temos certeza de que os números serão melhores, para que os trabalhadores possam ter ocupação e renda e garantir o sustento de suas famílias e o crescimento do país”, disse o ministro. “Só o trabalho vai assegurar um Brasil forte, com crescimento sustentável e oportunidades a todos”, declarou.
A agropecuária, com um saldo positivo de 121 vagas, e o comércio, com 64, foram os setores que criaram empregos formais em novembro. Construção civil (-826 vagas) e serviços (-299) foram às áreas com maior redução de vagas formais de trabalho.
Dos sete municípios do estado com mais de 30 mil pessoas, Araguaína foi o que mais criou postos de trabalho: 15. A capital, Palmas, foi a que teve o maior número de redução de vagas formais: -663.
Dados nacionais – O mercado de trabalho perdeu 116.747 vagas com carteira assinada em novembro. O desempenho é resultado de 1.103.767 admissões contra 1.220.514 demissões ocorridas durante o mês. Este saldo negativo em novembro provocou uma queda de 0,3% no estoque de empregos em comparação ao mês anterior. No mesmo mês do ano passado, a queda havia sido ainda maior, com 130.629 vagas formais a menos. No período dos últimos 12 meses, o estoque de empregos formais passou de 40,3 milhões para 38,8 milhões, uma queda de 3,65%.
De todos os setores de atividade econômica, apenas o comércio teve desempenho positivo em novembro, seguindo a tendência já registrada em outubro. Houve um acréscimo de 58.961 vagas, o que representa um aumento de 0,66%. A alta foi puxada principalmente pelo ramo varejista, que abriu 57.528 postos. A maioria dos empregos foi criada nos ramos de vestuário e acessórios, seguidos pelos de supermercados, comércio de calçados e artigos para viagens.
Entre os setores com resultado negativo, destacaram-se a indústria de transformação (-51.859 postos), construção civil (-50.891), serviços (-37.959) e agricultura (-26.097). Na indústria, a queda ocorreu principalmente nos ramos de produtos farmacêuticos (-12.211), alimentícios (-8.442), têxteis (-6.472) e de calçados (-4.033). Já a agricultura foi influenciada por fatores sazonais, com destaque para o setor de cultivo de cana-de-açúcar em São Paulo, que, sozinho, fechou 4.478 postos.