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Saúde

Pacientes foram internadas no HDT em Araguaína

Pacientes foram internadas no HDT em Araguaína Foto: Divulgação/ Dicom UFT

Foto: Divulgação/ Dicom UFT Pacientes foram internadas no HDT em Araguaína Pacientes foram internadas no HDT em Araguaína

Quatro pessoas estão internadas no Hospital de Doenças Tropicais de Araguaína (HDT) com suspeita de meningite. Todas as vítimas são de Colinas do Tocantins e três delas são mulheres de uma mesma família. Entre elas, está uma menina de 12 anos que contraiu meningite bacteriana meningocócica. O estado de saúde dela é considerado grave, segundo os médicos.

A paciente em estado mais grave foi isolada. Os outros casos são, um de meningite bacteriana não especificada e outro de meningite viral. O quarto caso está sob suspeita e a paciente vem sendo monitorada pela equipe médica do hospital, segundo informou a Secretaria de Saúde do Estado (SES). Os parentes das pessoas doentes também receberam medicação preventiva.

Todos os casos foram registrados em um mesmo setor do município de Colinas e, por este motivo, a secretaria municipal de saúde está fazendo uma triagem nas residências vizinhas e demais setores próximos para identificar se há possíveis novos casos. Este trabalho deverá durar cerca de 30 dias, informou a assessoria de comunicação da prefeitura de Colinas.

Em nota a SES informou que, apesar dos casos registrados, o episódio não pode ser considerado um surto da doença. A Secretaria enfatizou ainda que todos os procedimentos de controle da doença foram adotados.

Vacina

Os casos de meningite em Colinas foram registrados justamente em um momento em que o estado registra uma falta de doses da vacina contra a doença na rede pública de saúde. Conforme o Conexão Tocantins noticiou no início desta semana, a central de vacinas de Palmas, por exemplo, está com estoque zerado e estima-se que cerca de mil crianças com idades entre 0 e 1 ano ainda não receberam a vacina.

O problema não acontece apenas na capital. Também há informação de falta das doses da vacina nas principais cidades do estado. Em Araguaína a última remessa enviada pela SES foi de 300 doses no início de julho, entretanto a quantidade ideal para suprir a demanda por lá seria de 900 doses. Alguns postinhos da cidade já chegaram a ficar dois meses sem a vacina.

Já em Gurupi a Secretaria Municipal de Saúde recomendou que os pais liguem nos postos de saúde para saber se a vacina já chegou, antes de levarem os filhos para vacinar. Até que os estoques sejam normalizados os postinhos da cidade só estão vacinando menores de 1 ano.

Justificativa

Sobre a falta da vacina a SES informou que desde o início de 2018 o Ministério da Saúde tem feito o repasse abaixo do solicitado para atender a demanda no Tocantins e que não há previsão para regularização. A nota encerra dizendo que a secretaria “procederá com o repasse imediato aos municípios, de acordo com a remessa do MS”.

Já o Ministério da Saúde informou que a redução nos repasses da meningocócica C ocorreu por causa de atrasos na entrega pelo laboratório responsável pela produção da vacina e que a situação deverá ser regularizada no mês de agosto em todo o País.

O MS diz ainda que “mantém a distribuição de vacinas a todo o país e trabalha na regularização dos estoques em casos pontuais”. No mês de julho, segundo o MS, o Tocantins deverá receber 4,2 mil doses da vacina. A orientação do ministério é que as prefeituras realizem agendamento de vacinação de acordo com a disponibilidade de doses nos estoques.