O Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) divulgou na manhã desta sexta-feira, 21, o resultado da campanha da segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa, realizada entre os dias 1º e 30 de novembro. No total de 8.434.473 bovídeos (bovinos e bubalinos) existentes em todo o Estado, apenas 3.701.609 estavam em idade vacinal prevista nesta campanha, destes 3.667.199 receberam a dose da vacina, ou seja, um índice de 99,07%, bem acima do preconizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que é de 90%.
Na segunda etapa a vacinação é parcial, estão envolvidos somente os animais com até 24 meses de idade, declarados em maio. “Os pecuaristas sempre demonstraram compromisso com a sanidade do rebanho, e desta vez não foi diferente. Precisamos manter esse ritmo reforçando a credibilidade conquistada para garantirmos o status sanitário livre com vacinação, até que seja autorizada a remoção da vacinação, prevista para ocorrer a partir de 2021”, disse o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha.
Os cincos municípios que detém a maior concentração de bovinos estão localizados em diferentes regiões do Estado: Araguaçu no sudoeste com 363.085; Formoso do Araguaia também no sudoeste com 245.050; Araguaína no norte tem 242.090; Peixe no sul chega a 192.838 e Arraias no sudeste com 190.701, respectivamente. Os dados mostram ainda que 15 municípios, dos 139 existentes, atingiram 100% dos animais.
O responsável técnico pelo Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, João Eduardo Pires, explica que de qualquer forma todos os animais previstos na campanha receberão a dose da vacina. “Faremos um levantamento para localizarmos os produtores omissos, eles serão notificados a adquirir a vacina e agendar a ação, para que os nossos técnicos acompanhe. Além disso, serão multados e receberão as sanções previstas na legislação”, disse.
O técnico lembrou que a multa é R$ 5,32 por animal e R$ 127,69 por propriedade não declarada.
Retirada da vacinação
Até que sejam cumpridas as medidas previstas no Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), as campanhas seguem normalmente. Segundo o Ministério da Agricultura, a partir de maio do próximo ano, Acre e Rondônia, além de municípios do Amazonas e de Mato Grosso, começarão a abolir a vacinação. A previsão é que até maio de 2021, o Tocantins, assim como todo o país deixe de vacinar o rebanho e, até maio de 2023, o país inteiro poderá ser reconhecido pela OIE como livre da aftosa sem vacinação