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Meio Ambiente

Foto: Marcos Sandes O diagnóstico do projeto piloto, que começou no mês de fevereiro, finalizará em junho O diagnóstico do projeto piloto, que começou no mês de fevereiro, finalizará em junho

Quais as árvores ideais para plantar na frente de casa? Qual o porte, distância ideal do lote e onde plantar na calçada? Um projeto piloto de arborização urbana, realizado pela Prefeitura de Araguaína, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, em parceria com Universidade Federal do Tocantins (UFT), pretende responder essas e outras dúvidas sobre plantio de árvores em áreas públicas. O projeto está sendo realizado por alunos do curso de Biologia e será a base para o Plano Municipal de Arborização.

“Após os estudos, o plano já será inserido nas obras do Projeto de Saneamento Integrado de Araguaína, previsto para iniciar ainda este ano”, adiantou a gerente técnica de supervisão ambiental do projeto, Amanda Patrini.

Ela explicou ainda que o plano trará um diagnóstico para conhecer a realidade do município. “Não basta querer plantar, é necessário observar as caraterísticas para verificar se a planta é adequada ou não para podermos orientar a sociedade sobre mobilidade e meio ambiente”.

Projeto piloto

Ao todo, o projeto fará a catalogação das árvores de toda a cidade incluindo praças e áreas verdes, como Parque Cimba e Praça do Cristo Redentor, no Setor Parque Sonhos Dourados. “Será feito o diagnóstico de amostragem de 20% da cidade e a partir daí propor melhorias, adequações, espécies, localidades, onde e como plantar, além do monitoramento”, citou Patrini.

O diagnóstico do projeto piloto, que começou no mês de fevereiro, finalizará em junho, quando estarão concluídas as coletas, assim poder determinar quantas espécies, quais as mais abundantes e se são apropriadas para o espaço onde se encontram.

Diagnóstico minucioso

De acordo com o acadêmico de Biologia da UFT, Walktom Higor Brandão, o projeto piloto partirá do Setor Jardim das Flores. “Era preciso fazer um projeto piloto e nessa região foi o melhor local para fazer a identificação das espécies e fazer o diagnóstico com a finalidade de ampliar para o município”.

Já Ivan Dias, também estudante do curso de Biologia, informou que no formulário de campo estão sendo verificadas a sanidade das árvores, a altura, se estão atrapalhando a sinalização, obstruindo o tráfego de pedestres e se são adequadas para compor o plano de arborização. “É como se fosse um exame. Árvores frutíferas não são indicadas e são as mais encontradas”.

Planejamento para obter benefícios

Para a professora orientadora da UFT, Roberta dos Santos Silva, o planejamento da arborização urbana do Município é fundamental para que a população possa usufruir dos inúmeros benefícios de uma cidade bem arborizada.

“É necessário que se conheça bem as espécies que serão introduzidas nos diferentes espaços de uma cidade para que se minimize os possíveis problemas que a arborização implementada sem o devido planejamento possa causar”.

Roberta afirmou ainda que a parceria da Prefeitura com a universidade é importante. “Na medida que o trabalho de diagnóstico vai sendo realizado, vamos oportunizando nossos estudantes à prática da pesquisa, adquirindo conhecimentos e exercitando o que trabalhamos no dia a dia dos cursos, possibilitando a formação de recursos humanos. E com isso contribuímos com o apoio técnico necessário a realização desse trabalho”.