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Economia

Foto: Divulgação

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As medidas restritivas impostas pela pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus Sars-Cov-2, tem deixado um rastro delicado para a economia global. Em todos os setores, o medo com o que vai ser do futuro tem feito com que empresas e investidores segurem o caixa e freiem alguns aportes em ideias e projetos.

No mundo do varejo não é diferente. Algumas perguntas, como por exemplo qual a melhor marca de geladeira atualmente, tem ficado em segundo plano neste momento, em que os gastos têm diminuído. Prova disso são os dados apresentados por órgãos e entidades responsáveis por medir o volume de compra no Brasil nos últimos meses.

Segundo dados da Intenção de Compra, do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Consumo (IBEVAR), as projeções apontam para um crescimento de apenas 0,93%, ante o 1º trimestre. Quando comparado com a mesma base de 2019, a expansão foi de 1,36%. Em manutenção de tendência, projetava-se alta de 3,42% nas vendas para 2020.

Em comparação ao ano anterior, o estudo do IBEVAR indica queda para as categorias de linha branca, eletrodoméstico e telefonia. A categoria de cine e foto e moda, embora revelando uma disposição maior que a de 2019, também mostra nítida tendência de retração. Apenas no caso das categorias de informática e eletroeletrônicos é possível notar uma disposição de compra acima da apresentada em 2019 e crescente.

Segundo a Eletros, que representa algumas das maiores empresas do setor eletroeletrônico no Brasil, a China, afetada brutalmente pelo coronavírus e que só agora começa a se reerguer, após quase seis meses de restrição servera, é fornecedor importante de componentes para fabricantes de produtos da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar).

Portanto, a desaceleração na economia chinesa significa um baque importante no mundo inteiro, sobretudo no Brasil. 

Diante desse cenário, muitas empresas têm procurado investir em soluções online e diversificado sua forma de atingir o público. Se antes o contato pessoal era importante para mostrar a eficiência de um produto, atualmente o que vale é uma boa imagem, um texto curto e uma aproximação eficaz nas redes sociais.

Em vez de investimento pesado em ecommerce ou em sistemas avançados de inteligência artificial, empresários estão fazendo campanhas massivas pelo Instagram, colocando funcionários para vender pelo WhatsApp e, no caso dos grandes varejistas, acelerando processos estratégicos que demorariam meses para sair do papel.

Há uma série de tendências no Brasil que refletem comportamentos que aconteceram na China, como a entrada de consumidores que nunca haviam adquirido um produto pela internet

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, lojas como Casas Bahia, Extra.com e Ponto Frio, colocaram cerca de 20 mil vendedores, impedidos de ir às lojas, a vender no WhatsApp.