Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Estado

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Diante da iminente paralisia dos atendimentos nos leitos clínicos e leitos de UTI Covid-19 do Hospital Regional de Araguaína (HGA), o Ministério Público do Tocantins (MPTO) encaminhou nessa quarta-feira, 27, um novo requerimento à Justiça Estadual reiterando o pedido de antecipação de tutela para obrigar a gestão estadual a disponibilizar profissionais de saúde capacitados e em quantidade suficiente para atendimento das demandas na referida unidade hospitalar.

Um ofício da diretoria técnica do HRA entregue à 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína confirmou que, a partir do mês de junho, haverá desfalque de médicos nos plantões em 10 leitos de UTI Covid-19 atualmente em funcionamento, bem como nos leitos que deverão ser instalados para tratamento dos pacientes infectados com o novo coronavírus. Conforme foi informado, as escalas de plantões 24 horas para os leitos Covid-19 já estão funcionando de forma precária, com somente um plantonista, mesmo o MPTO já tendo reivindicado na ação a adequação das equipes médicas.

Segundo consta no documento da diretoria técnica do HRA, alguns médicos pediram exoneração e estavam trabalhando cumprindo aviso prévio, enquanto outros foram afastados por se enquadrarem no grupo de risco, amparados por decreto estadual. De acordo com os promotores de Justiça que atuam no caso, a situação é muito crítica e chegou ao ponto de não haver nenhum médico para a escala de quatro plantões no mês de junho para UTIs Covid.

O desfalque nos plantões também se estenderá no atendimento de outros leitos clínicos, com diminuição da quantidade de médicos na escala e, em alguns casos, até mesmo ausência total, em plantões nas salas Verde, Amarela e Vermelha do HRA. A situação já foi reportada à Secretaria Estadual da Saúde do Tocantins, para adoção de medidas administrativas como a contratação de novos profissionais ou remanejamento de médicos de outras unidades de saúde para atendimento temporário no Hospital.

Para os promotores de Justiça, a omissão do poder público nesse caso pode gerar a suspensão do atendimento nas UTIs Covid-19 no HRA e a transferência de pacientes para outras unidades de saúde, agravando a situação de atendimento aos pacientes com a Covid-19 em Araguaína.