É aguardada para esta sexta-feira, 5, a publicação de um novo decreto do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (Podemos), autorizando a reabertura de parte do comércio da cidade a partir da próxima segunda-feira, 8.
A medida foi anunciada ao longo de toda a semana como um trunfo, mas a realidade é que ela acontece em um momento crítico da curva da pandemia de covid-19 no município. Nesta quinta-feira, 4, Araguaína registrou 2.028 casos do novo coronavírus.
Desse total, 1.239 pessoas já foram curadas, mas outros 769 infectados ainda estão ativos, sendo que a cidade já registrou 20 mortes pela doença.
O que pode ser mais grave é que Araguaína está prestes a colapsar aquilo para o qual a quarentena foi justamente criada, o sistema público de saúde e sua capacidade de atender e tratar pacientes de covid-19, especialmente os em estado mais grave.
No último boletim epidemiológico, a Prefeitura de Araguaína divulgou que a ocupação de leitos de UTI na rede pública já chegou a 90%. A situação dos leitos clínicos, destinados a pacientes em estado menos grave, também está longe de ser confortável, com ocupação de 54%.
É nesse cenário que Araguaína reabre grande parte de sua atividade comercial e econômica na próxima segunda-feira. O prefeito Ronaldo Dimas declarou que, por lá, a transmissão da doença “está ocorrendo principalmente dentro das famílias”, afirmou ele.
O próprio gestor reconhece que a cidade, que já é a maior em número de casos e mortes pela covid-19, ainda pode enfrentar o pico da doença ainda neste início de mês. Mas a Prefeitura garante estar preparada para isso, com a expectativa de implantação de 38 novos leitos, sendo 15 clínicos e 23 de UTI, para tratamento exclusivo de pacientes com a covid-19.
