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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Na manhã de terça-feira, 30, a Câmara de Palmas realizou Audiência Pública para prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde, referente ao 1º Quadrimestre de 2020. O vereador Milton Neris (PDT), que solicitou a prestação de contas sobre os gastos referentes ao coronavírus, desde o início da pandemia, criticou a irresponsabilidade cometida pelo poder executivo municipal ao fazer um tratamento seletivo com a população. Além disso, voltou a reafirmar a necessidade da realização de ações efetivas e da realização de testes, e a importância de expor a verdade para a população.

Para Neris, os responsáveis pelas decisões referentes a saúde que compõem o COE (Centro em operação em Emergência), precisam ser profissionais da saúde, que estão lidando diretamente com os casos de Covid-19. “Quem tem que decidir sobre saúde são os profissionais que estão lá na ponta, médicos, enfermeiros, técnicos, infectologistas e afins, que precisam prescrever e não têm remédios. Precisam de exames, para não ter que tratar de forma seletiva as pessoas que chegam sintomáticas nas UPAS e UBS’s. Quem deve na verdade ser bem tratado são os cidadãos que procuram a rede e não conseguem realizar o exame. Sabemos que desde o primeiro momento os exames estavam sendo realizados em pessoas idosas em estado grave”, lamentou o vereador.

Em relação a falta de realização de testes, o vereador explicou que a orientação de isolamento para os pacientes que se encontravam doentes, mas não tinham um diagnóstico para detectar o motivo da doença por não haver realização de exames, foi uma decisão prejudicial para inúmeros cidadãos. “Quando o município adquiriu 10 mil testes para realização por meio do laboratório municipal, 60 dias já haviam se passado. As pessoas se contaminando e a doença presente na cidade inteira”, explicou.

Orçamento

Em relação aos números apresentados pela Secretaria, Neris afirmou que há dinheiro suficiente para realizar ações efetivas, porém, falta gestão. “Dinheiro tem, R$ 235 milhões, referente ao orçamento anual de 2020, e da Secretaria de Saúde / Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (FESP), R$ 31 milhões de crédito extraordinário e do governo federal. Dos quais R$ 14 milhões já foram gastos com a Covid-19. Dinheiro tem, o que não tem é resultado e sintonia nas ações”, afirmou.

O parlamentar voltou a defender a necessidade de estruturar UTI’s públicas, novos leitos clínicos com respiradores e remédios. “Tinha que ter preparado desde o primeiro momento a estrutura de saúde da cidade. O problema é que a gestão tomou decisões pelo pensamento de meia dúzia de pessoas, em detrimento de uma grande sociedade, sem ouvir ninguém. Então, não adianta mentir para a sociedade,” disparou Neris.

Transporte coletivo

Neris informou que a Prefeitura dispõe de R$ 71 milhões de superávit em caixa, de acordo com a prestação de contas do primeiro quadrimestre, no entanto, não se disponibilizou em subsidiar o sistema de transporte coletivo para reduzir os índices de contaminação, e assegurar que os usuários do transporte pudessem estar seguros durante o seu deslocamento. “Por causa da liberação de 100% de ocupação dos transportes coletivos, a região sul tornou-se o epicentro da doença. Temos que tratar esse assunto com a devida gravidade. A sociedade está com medo. Temos que unir esforços, pois quem tem que ser beneficiado é o povo. Mas é preciso dizer a verdade à população”, reforçou Neris. 

(Da Assessoria do Vereador)