Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Economia

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Nem mesmo o novo coronavírus da covid-19 conseguiu desaquecer o mercado imobiliário. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), mesmo com a pandemia, foram financiados no primeiro semestre deste ano, 133.786 imóveis. Os números representam um aumento de 35,2% em comparação com os seis primeiros meses de 2019. 

De acordo com o vice-presidente da Associação dos Diretores das Empresas do Mercado Imobiliário no Tocantins (Ademi-TO), João Paulo Tavares, no Estado o panorama se repete e as construtoras confirmam o bom momento do setor. 

"Esta é uma realidade também do no Tocantins. As empresas comemoram e já falam de novos lançamentos, já que produtos que foram lançados no passado não tem mais unidades para vender. Mesmo com todas as dificuldades por conta do coronavírus, o que vimos foi as empresas se adaptando ao momento e conseguiram passar por esse primeiro semestre com bons resultados", pontua. 

Conforme dados do Banco Central o volume total de transações envolvendo financiamentos imobiliários cresceu 20,5% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, somando R$ 50,8 bilhões no período.  

Um dos fatores que colaborou para o aumento dos financiamentos, segundo especialistas, foi a redução da taxa básica de juros da economia, a Selic, que segue em 2% ao ano, o menor patamar da série histórica. 

A queda da Selic, na prática, está ligada aos custos dos empréstimos imobiliários porque as instituições financeiras, que são as empresas responsáveis por ofertar esse tipo de financiamento, repassam parte dos cortes da taxa básica de juros às taxas cobradas nos contratos – o que torna as prestações mais suaves, viabilizando a negociação para mais pessoas. 

"Todas as instituições financeiras hoje estão com taxas muito mais atrativas do que estava há dois, três anos atrás. A taxa Selic em 2015 estava em 14,5%, hoje ela se encontra em 2%. Uma taxa melhor contribui para uma demanda maior do consumidor porque o crédito fica mais atrativo", explica João Paulo.  

Por conta das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para prevenção da Covid-19, que incluem o distanciamento social, a digitalização foi ganhando terreno durante a pandemia. 

Com isso, corretores e imobiliárias passaram a oferecer um serviço todo digital na hora da venda. Tours virtuais, simuladores de financiamentos, atendimento à distância ganharam força nesse período e facilitaram a procura do consumidor, que pode começar a procurar imóveis sem sair de casa.

"O mercado se adaptou rapidamente. Percebemos que precisaríamos de novidades e foi o que fizemos e com isso, tivemos um semestre com crescimento. Nossa expectativa para 2020 é ainda nessa linha, esperamos continuar com resultados acima da média", finaliza o vice-presidente da Ademi-TO.