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Economia

Em Palmas, os empresários do comércio têm demonstrado maior confiança nos últimos meses, conforme mostra a pesquisa mensal Índice de Confiança do Empresário do Comércio – ICEC realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins.

Em agosto, a ICEC trouxe um cenário otimista por parte dos entrevistados. O índice geral chegou a 94,9 pontos, ou seja, a menos de 5 pontos de alcançar novamente a zona favorável que é acima de 100 pontos. A variação desse índice entre julho e agosto foi de 22,9%. Já quando comparado ao ano anterior, a variação é negativa: - 24,1%.

Itelvino Pisoni, presidente do Sistema Fecomércio Tocantins, diz que o resultado é plausível. “Ano passado nem cogitaríamos atravessar uma crise como essa. Portanto essa queda no comparativo anual é mais do que esperada. Mas o resultado como um todo é bom, pois os nossos empresários estão positivos e vislumbram uma possibilidade de sair dessa recessão”, explicou.

Sobre as condições atuais os entrevistados responderam em grande parte que houve uma piora para os três itens perguntados, sendo eles: economia, setor e sua empresa. Porém, em relação a julho, houve queda nesses percentuais. No mês de agosto, 88,9% disseram que a economia está pior, 64,3% que o setor pirou e 61,8% que sua empresa também piorou.

Já a expectativa para os próximos meses desses mesmos itens é de melhoria e houve crescimento comparado ao mês anterior. 71,1% acreditam que a economia melhorará, 84,5% esperam que o setor melhore e 90,5% que suas empresas apresentem melhoria nos próximos meses.

Apesar desses dados positivos, 57,1% dos empresários acreditam que reduzirão a contratação de funcionários futuramente, o que pode ser um fator relevante. “A economia depende da geração de empregos, e no caso especifico do Tocantins, que boa parte dos empregos formais são criados pelo setor do comércio, esse dado é um pouco preocupante”, ressaltou Pisoni.

Por fim, 56% desses empresários entrevistados em Palmas disseram estar com seu estoque em nível adequado.

ICEC Nacional

Embora permaneça na zona de avaliação pessimista (abaixo dos 100 pontos), o crescimento mensal no cenário nacional foi o maior desde o início da realização da pesquisa, em abril de 2011. Por outro lado, no comparativo anual, houve queda de 32%.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que a retomada econômica do País ocorre de forma gradual, uma vez que a redução em praticamente todos os segmentos foi bastante intensa durante a pandemia do novo coronavírus. “Os indicadores de atividade dos principais setores da economia têm mostrado que o ‘fundo do poço’ dessa crise ficou mesmo em abril. Além disso, apesar das restrições que a covid-19 ainda impõe para as vendas físicas, o varejo tem viabilizado parte do faturamento pelo comércio eletrônico e outros canais digitais”, afirma Tadros, reforçando a importância da reabertura gradativa do comércio não essencial.