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Estado

Foto: Divulgação/Prefeitura Porto Nacional

Foto: Divulgação/Prefeitura Porto Nacional

O prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia (MDB) disse ao Conexão Tocantins que se sente frustrado pela morosidade das obras da nova ponte sobre o Rio Tocantins. Apesar da informação da agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto), de que as obras estejam acontecendo normalmente conforme cronograma contratual, o prefeito disse que o serviço está, no mínimo, muito lento. “Não tem obra não! Inclusive esses dias eu até me posicionei a respeito de uma fala do governador, que estariam começando fundações e pilares. Falei para ele que a assessoria dele estava enganando ele, que tem alguma coisa mal colocada para ele. Porque a gente sobe na ponte e olha para baixo… começaram a mexer no aterro, colocaram um aterro ao lado e somente”, afirmou.

Ao dizer que “sobe na ponte e olha para baixo”, Maia se refere à antiga estrutura, construída ainda na década de 1970, e que está comprometida. O tráfego de veículos sobre ela está parcialmente interditado, sendo permitido somente veículos de até 3,5 toneladas e 2,2 metros de altura.

No ano passado, a estrutura chegou a ser totalmente interditada por até 4 meses, prejudicando o transporte de cargas e o deslocamento de pessoas que moram em distritos e comunidades localizadas após a ponte e que dependem dos serviços de saúde, educação, entre outros, prestados em Porto Nacional. “A situação que a gente tem hoje, desde que a ponte foi interditada, é bastante complicada para o município e para quem precisa trafegar de um lado para o outro, principalmente para quem depende hoje da balsa, que é o caso de quem transporta carga que gasta muito com frete, além do gasto de tempo para transpor o rio”, disse o prefeito.

Sem mencionar estimativas de prejuízo, Joaquim Maia afirmou que o problema tem sido um entrave para a economia do município. “Passamos algo que nunca aconteceu em Porto Nacional. Foram três grandes crises que trouxeram desgaste para a economia de Porto. Primeiro foi a greve dos caminhoneiros, depois esse fechamento da ponte, que foi muito difícil e gerou um baque enorme na economia. E agora essa pandemia. Então é um desafio para a gente como gestor, enfrentar tudo isso e manter as contas em ordem, pagamentos em dia e serviços à comunidade”, avaliou.

Estratégica, a ponte liga o tráfego da TO-050, pelo trevo da TO-255, com a TO-070 até a BR-153, tornando-se fundamental para o escoamento da produção agrícola da região. “Nós temos uma condição de tráfego entre um lado e outro muito intensa. Temos que levar para o lado de lá insumos como calcário, fertilizantes, e receber também insumos para o lado de cá, como defensivos, e também o escoamento da própria safra através do terminal multimodal de Luzimangues. Esse escoamento deveria ocorrer pela ponte, e hoje os caminhões estão passando por dentro de Palmas porque não podem atravessar”, ressaltou Joaquim Maia.

O gestor disse ainda que tem tentado articular junto ao Executivo Estadual para que as obras sejam aceleradas, mas que, em certa medida, se sente frustrado por observar que o serviço não tem avançado. “Estamos aguardando com muita expectativa e temos lutado muito por isso. A gente sempre ratificou a importância dessa ponte para Porto Nacional. E ficamos até frustrados por ver, de certa forma, o início de uma mobilização, como se fosse fazer algo, e isso não se efetivar. Porque começaram a mexer na beira, mobilizar canteiro de obras, mas efetivamente nada aconteceu”, encerrou.