No mês de setembro, a pesquisa que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins registrou um aumento de 0,7 pontos quando comparado a agosto, alcançando um índice geral de 87,1 pontos. Essa é a segunda vez consecutiva que o índice obteve crescimento desde o início da pandemia em março de 2020, onde o índice geral era de 99,4 pontos.
Nacionalmente o índice voltou a crescer em setembro (+1,3%), após cinco quedas consecutivas, e subiu a 67,6 pontos. Mesmo com a alta, o índice registrou o pior desempenho para um mês de setembro desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. Além disso, no comparativo anual, houve recuo de 26,9% – a sexta retração seguida nessa base comparativa. O indicador está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015.
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a flexibilização do funcionamento dos estabelecimentos comerciais tem ajudado na recuperação do consumo dos brasileiros. “As famílias têm se revelado mais satisfeitas diante das novas regras de abertura do comércio, mesmo que o momento atual ainda exija cautela”, ressalta Tadros.
Em Palmas, as variações negativas mensais se concentram nos itens: momento para aquisição de bens duráveis (3,3%), acesso ao crédito (2,5%) e emprego atual (0,7%).
74,8% dos entrevistados acreditam que o acesso ao crédito está mais difícil. Para o presidente do Sistema Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, esta realidade deve ser mudada. “Mesmo com os incentivos e auxílios do governo, o acesso ao crédito deve ser facilitado e é uma das principais ferramentas para que a retomada econômica aconteça. Infelizmente, sem o dinheiro rodar na praça, não conseguiremos movimentar o comércio e consequentemente, a economia como um todo”, explicou.
Sobre o consumo, a pesquisa avalia o cenário atual e a perspectivas para os próximos meses. De acordo com os dados elencados pela análise da pesquisa, 55,5% dizem estar comprando menos atualmente do que no mesmo período do ano passado. Já sobre a expectativa de consumo nos próximos meses, 42% acreditam que o consumo tende a ser menor. Em agosto, os porcentuais eram de 57,2% e 45,7%, respectivamente. Nesses itens são questionados aos entrevistados, se o nível é maior, menor, igual ou não sabe, totalizando assim os 100%.