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Estado

Foto: Marcelo Casal Jr

Foto: Marcelo Casal Jr

Nesta quinta-feira, 18, faz um ano desde que o primeiro caso de covid-19 foi confirmado no Tocantins. A primeira confirmação foi na capital há exatos 365 dias – uma mulher que havia acabado de chegar de um congresso no Estado do Ceará.

Passado um ano, a pandemia não deu trégua e o Tocantins, assim como todo o País, parece enfrentar o pior momento da crise de saúde, com recordes diários de casos, falta de leitos de UTI e a vacinação, que surgiu como uma ponta de esperança, ainda registrando números insuficientes para reduzir a curva de contaminação.

Atualmente, o Estado contabiliza 128.258 casos do novo coronavírus e 1.735 mortes provocadas pela covid-19. O último boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES) trouxe a confirmação de 20 novos óbitos, um recorde em 24h no Estado.

Em oito dias, a média móvel de mortes subiu cerca de 130% no Tocantins, é como se 18 pessoas tivessem morrido por dia no Estado em razão da covid-19.

No fim da manhã desta quinta-feira, 18, o painel Integra Saúde da SES traz indicadores de leitos de UTI no vermelho, com quase todos os hospitais da rede pública com 100% de ocupação. A rede privada também está saturada, conforme informa o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Tocantins (Sindessto).

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os dados de ocupação de leitos variam muito devido a altas e óbitos, mas nas últimas semanas a ocupação tem sido praticamente total, com pacientes em estado grave na fila de espera por leitos de UTI.

A vacinação, que no início do ano surgiu como uma esperança de breve volta à normalidade, também não tem avançado como se gostaria. Até o momento, somente 3,68% da população do Estado foi vacinada, a maioria – mais de 46 mil pessoas – trabalhadores da saúde.

Até esta quinta-feira, o Tocantins recebeu 166.600 doses do imunizante, das quais 119.844 foram distribuídas aos municípios. Receberam a 1ª dose da vacina, 57.889 pessoas, destas, 24.236 receberam também a 2ª dose, completando a imunização.

A boa notícia é que um estudo preliminar realizado pela SES aponta redução no número de óbitos entre idosos já vacinados contra a covid-19.

Moradora de Palmas, dona Maria de Fátima Soares, 81, diz acreditar na vacina e torcer por dias melhores. “Assim que a vacina chegou eu fiz questão de ser vacinada. Rezo todo dia pela saúde de quem tá nos hospitais e que Deus traga livramento para a gente”, disse, com fé, a aposentada.