As doses de vacina contra febre aftosa doadas pelo Governo do Tocantins às comunidades quilombolas e indígenas começaram a ser entregues nesta semana pela da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec). Os primeiros municípios a receberam foram Santa Tereza e Mateiros. A vacinação dos bovídeos (bovinos e bubalinos) é realizada de forma oficial pelos técnicos da Agência nas propriedades rurais.
A comunidade quilombola de Barra da Aroeira, no município de Santa Tereza recebeu 200 doses. As comunidades Mumbuca, Carrapato, Rio Novo, Boa Esperança, Formiga e Ambrósio, ambas no município de Mateiros foram contempladas com 210 doses que serão divididas entre os produtores rurais mais carentes e aqueles que possuem o menor número de bovídeos (bovinos e bubalinos).
“Nossa meta é vacinar todo o rebanho de bovídeos no Tocantins contra a febre aftosa, e sabemos que existem pequenos produtores rurais que não têm a condição de adquirir doses da vacina para imunizar seus animais, por isso, o Governo está priorizando a distribuição às pessoas mais carentes dentro das comunidades quilombolas e indígenas,” ressaltou o presidente da Adapec, Paulo Lima.
Segundo o fiscal de defesa agropecuária, Geroilton Ribeiro que atua na Unidade Local da Adapec de Materios, as vacinas que chegaram ao município já começaram a ser aplicadas. “Na terça-feira, 11, iniciamos a vacinação contra febre aftosa nos bovinos dos pequenos produtores rurais da comunidade quilombola do Carrapato e nos próximos dias estamos agendando e vacinando animais nas demais comunidades,” relatou.
Por ser uma vacinação oficial, não há a necessidade destes beneficiados fazerem a declaração, uma vez que os técnicos já preenchem no ato a carta-aviso.
Campanha contra aftosa
A primeira etapa da campanha contra febre aftosa teve início no dia 1º e segue até 31 de maio, sendo que nesta etapa todo o rebanho de bovídeos (bovinos e bubalinos), indiferentemente da faixa etária, devem ser vacinados. A estimativa é que sejam vacinados mais de 9 milhões de cabeças, distribuídas em mais de 56 mil propriedades. Já o prazo de declaração da vacinação foi estendido até o dia 10 de julho, em virtude da pandemia.
A vacinação contra aftosa é obrigatória e a legislação prevê multa para quem deixar de vacinar, sendo de R$ 5,32 por animal e R$ 127,69 por propriedade não declarada, além de outras sanções.