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Meio Ambiente

 Já são mais de 1.733 milímetros de chuva acumulada em Araguaína, desde novembro

Já são mais de 1.733 milímetros de chuva acumulada em Araguaína, desde novembro Foto: Divulgação Prefeitura de Araguaína

Foto: Divulgação Prefeitura de Araguaína  Já são mais de 1.733 milímetros de chuva acumulada em Araguaína, desde novembro Já são mais de 1.733 milímetros de chuva acumulada em Araguaína, desde novembro

O fenômeno climático que vem atingindo o Brasil nos últimos meses com chuvas intensas e causado prejuízos em cidades inteiras está sendo monitorado pela Defesa Civil de Araguaína. Na zona urbana já foram realizadas diversas intervenções e auxílios às famílias atingidas, e a zona rural recebe a mesma atenção. No Povoado Garimpinho, onde a cheia do Rio Araguaia invadiu algumas casas, a Prefeitura montou duas tendas e intensificou as orientações.

“Até o momento, só as casas de temporada das praias do Araguaia foram inundadas porque ficam muito próximas às margens. Os moradores da região já estão acostumados com a cheia e por isto constroem em áreas mais afastas, mas por conta do volume atípico a água chegou na porta de muitas famílias”, explicou o secretário da Defesa Civil de Araguaína, Ricardo Isaias.

Já são mais de 1.733 milímetros de chuva acumulada em Araguaína, desde novembro. Esse grande volume de água é medido por pluviômetros do Cemaden (Centro Nacional de Monitoração e Alerta de Desastres Naturais) dentro da área urbana, nos setores Maracanã, Pedra Alta, Bairro de Fátima e Bairro São João.

Ação conjunta

A funcionária pública Raimunda da Silva, que tem casa no Garimpinho, contou que por conta da cheia a região teve aumento de animais peçonhentos. “Só ando de carro à noite, não ando a pé não, porque estão aparecendo muitas cobras. Só neste mês três bezerros morreram com picada. São de várias espécies e tem aparecido das piores: jaracuçu do brejo, cascavel e jararaca”.

Para orientar sobre o contato com esses animais e doenças por contaminação pela água, a Defesa Civil tem a parceria da Secretaria da Saúde. “Em áreas mais baixas o rio avançou uns 20 metros e deixou muitas fossas submersas, então a gente pede para não nadar e evitar as áreas onde tenha postes de energia”, contou a agente de comunitária de saúde, Alberniz Gomes, que é moradora do povoado.

Atendimento social

Outra secretaria que participa conjuntamente da Defesa Civil de Araguaína é a Assistência Social, Trabalho e Habitação. Nesta temporada de chuvas, as equipes prestam apoio às famílias afetadas disponibilizando alimentação, materiais de higiene pessoal, aluguel social, suporte técnico aos eletrodomésticos danificados e outras recuperações de danos.

De 2014 a 2016, mais de 250 famílias foram realocadas por meio dos programas habitacionais feitos em parceria com a Caixa Econômica Federal. Elas foram retiradas de áreas de risco dos setores Camargo, Santa Terezinha, Santa Luzia, Palmas, Universitário, Anhanguera, Martins Jorge, Tereza Hilário, Raizal, Ana Maria e Araguaína Sul.

Apoio às famílias

A Defesa Civil orienta que até a solução para as enchentes, os motoristas e pedestres devem evitar atravessar as enxurradas. Em casos de emergência, a população pode pedir o atendimento do órgão pelo telefone 199 ou do Corpo de Bombeiros pelo 193.

As secretarias da Assistência Social, Trabalho e Habitação, Infraestrutura e Meio Ambiente também contam com uma equipe de plantão 24 horas para atender caso de pessoas desabrigadas ou que necessitem de suporte após prejuízos causados pelas chuvas. A assistência é acionada por meio da Defesa Civil que faz o monitoramento dos pontos críticos na cidade.

(Foto: Divulgação Prefeitura de Araguaína)