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Campo

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

As Centrais de Abastecimento (Ceasas) do País registraram aumento no volume de comercialização no ano de 2021, em comparação ao ano anterior, com movimento de 17,5 milhões de toneladas de produtos hortigranjeiros, que representaram R$ 47,54 bilhões. Ao se comparar com a mesma base de dados de 2020, o incremento chega a 2,08% no quantitativo e 6,63% no valor transacionado. As informações são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou nesta quarta-feira, 23, um boletim com a comercialização total de frutas e hortaliças nas Ceasas, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort).

As análises demonstram o comportamento do setor e faz um comparativo com o ano de 2020, a fim de avaliar as variáveis de mercado que influenciaram os resultados obtidos. De acordo com o boletim, as Ceasas das regiões a seguir apresentaram aumentos no total comercializado: Centro-Oeste (2,83%), Nordeste (7,41%), Norte (13,81%) e Sul (2,81%); enquanto a região Sudeste teve queda de 1,09%. No que diz respeito ao valor transacionado, todas as regiões do país tiveram aumento e os percentuais foram: Centro-Oeste (9,16%), Nordeste (7,79%), Norte (11,99%), Sudeste (3,61%) e Sul (14,46%).

Entre os maiores entrepostos do Brasil, a comercialização de hortigranjeiros na Ceagesp/SP movimentou 3.054.856 toneladas (R$ 8,59 bilhões), na Ceasa Minas/MG um total de 1.462.413 toneladas (R$ 3,85 bilhões), na Ceasa de Juazeiro/BA o volume foi de 1.427.574 toneladas (R$ 3,60 bilhões) e na Ceasa do Rio de Janeiro/RJ um quantitativo de 1.338.263 toneladas (R$ 3,86 bilhões).

O estudo aponta ainda que o percentual de participação das regiões na comercialização do setor hortigranjeiro do país tem se mantido constante nos últimos anos. A região Sudeste respondeu por 51% (8.837.976 toneladas), seguida da região Nordeste, com 26% (4.555.684 toneladas), Sul com 13% (2.340.541 toneladas), Centro-Oeste com 8% (1.461.725 toneladas) e Norte com 2% (295.071 toneladas). Quando se considera o valor transacionado, o percentual do Sudeste foi de 52%, o Nordeste 23%, o Sul 14%, o Centro-Oeste 9% e o Norte 2%.

Em relação à comercialização de frutas brasileiras nos entrepostos estudados, o ano de 2021 fechou com estabilidade na quantidade total comercializada, comparado a 2020. "Houve um pico de crescimento no mês de março devido a fatores como o retorno às aulas em alguns locais, flexibilização das medidas de combate ao coronavírus durante o ano, melhores preços de algumas frutas, e quedas nos últimos quatro meses do ano", explica o superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, Marisson Marinho. "O decréscimo nesses meses deveu-se ao aumento de preços no atacado e no varejo, por influência dos baixos investimentos em algumas culturas – como mamão – ou mesmo restrição da oferta por redução da safra, no caso da maçã e laranja, além da alta nos combustíveis, que está na base da cadeia logística e de produção".