Após investigação da Polícia Civil do Tocantins (PC-TO) apontar que laboratório clandestino armazenava de forma irregular material genético humano em Palmas, denúncias anônimas levaram a polícia, desta vez, para Araguaína a fim de localizar descarte de material similar em uma das ruas do município, no início da noite desta quarta-feira, 11.
De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP/TO), a suspeita é de que o grupo do laboratório (apontado como sendo a empresa Sicar Laboratórios), que também mantinha laboratório em Araguaína, seja o responsável por jogar o material em calçada.
O Governo do Tocantins publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) Termo de Rescisão Contratual com a empresa. A Sicar foi contratada pela Secretaria de Estado da Saúde via processo licitatório, seguindo a legislação vigente, para análises de exames de anatomia patológica e imunohistoquimica destinados às unidades hospitalares geridas pelo Executivo Estadual.
O delegado Romeu Fernandes de Carvalho Filho, responsável pela 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (3ª Deic) de Araguaína, explica que o material de Araguaína é aparentemente proveniente de resíduos humanos e que a perícia foi acionada para realizar a análise. “Encontramos uma quantidade considerável desse material e amanhã pela manhã adotaremos as diligências para realizar a coleta e o descarte adequado, tendo em vista a ausência de EPIs e veículos adequados, bem como de equipes plantonistas da Vigilância Sanitária e SEDEMA disponíveis", afirmou.
Operação Nablus
A operação Nablus foi deflagrada em Palmas na manhã desta quarta-feira, 11, e deu cumprimento a 15 mandados de busca e apreensão. Entre os materiais encontrados em um laboratório clandestino, localizado no centro da capital, estavam pedaços de corpos humanos que eram irregularmente armazenados em potes de sorvete, margarina e até de creme capilar.
O local foi descoberto pela Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por meio da 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (1ªDeic-Palmas), com apoio da Diretoria de Repressão ao Crime Organizado (Dracco). De acordo com as investigações, os suspeitos faziam a abertura de empresas em nome de testas de ferro se passando por pessoas jurídicas. Os diversos laboratórios de fachada só existiam no papel realizavam para o repasse de pagamentos, mas os serviços não eram prestados.
Segundo a Polícia Civil, nenhum deles possuía licença ou alvará por parte do poder público municipal e estadual. Além do armazenamento irregular, a polícia também suspeita de que laudos possam ter sido fraudados, e os exames possam ter resultados imprecisos, tendo em vista as condições precárias em que se encontravam as amostras. (Com informações da SSP/TO)