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Saúde

Foto: Marcos Sandes

Foto: Marcos Sandes

Por meio do atendimento do Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS AD) 3, o indígena Weliton Katawré de 36 anos da etnia Karajá decidiu procurar ajuda em Araguaína para se livrar da dependência do álcool. ele recebeu acompanhamento de um médico psiquiatra e optou também pela continuidade no Centro Municipal de Tratamento para Dependentes Químicos.

“Não aguentava mais a vida difícil que eu tinha. A cachaça me fez perder muita coisa, meus filhos, minha família e outras coisas, então eu procurei o CAPS e agora vim para esse lugar que me acolheu muito bem e que estou vivendo muitas coisas diferentes, e sei que vou conseguir me livrar da bebida”, disse Weliton Katawré.

O índio morador de uma aldeia em Santa Fé do Araguaína é o primeiro a ser acolhido pela unidade. De acordo com o coordenador, Wagner Enoque, o indígena tem se adaptado à rotina da casa. “O desejo do Weliton em se livrar do vício do álcool é grande e notamos isso no empenho dele em participar das atividades do tratamento, unido ao grupo”.

A casa de recuperação tem capacidade para 40 pessoas e a internação voluntária é um dos requisitos para fazer parte da comunidade. A casa é a única do Tocantins que possui um agente redutor de danos, profissional que trabalha com a conscientização da população, na tentativa de reduzir os riscos e danos causados pelas drogas.

Atenção aos povos indígenas

A Prefeitura de Araguaína, por meio do CAPS-AD 3, disponibiliza atendimento especializado para o público indígena de dezessete municípios da Região Norte do Estado, através de uma pactuação com o Programa Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Atualmente, 65 índios estão cadastrados para realização de tratamento contra álcool e outros tipos de droga.

“O CAPS é a porta de entrada para as pessoas que desejam se livrar da dependência química. No caso dos povos indígenas, os que livremente se dispõe, após passar pela triagem são acolhidos durante 14 dias pela equipe de profissionais, incluindo psiquiatra, aqueles que escolhem continuar são encaminhados para o tratamento que dura seis meses”, explicou o coordenador do CAPS-AD3, Getúlio Santana.

Tratamento

O Centro Municipal de Tratamento para Dependentes Químicos foi fundado em 2014, antes se chamava Comunidade Terapêutica Vida Nova, e tem a missão de recuperar usuários de drogas. Atualmente, são 27 acolhidos em fase de tratamento.

O espaço construído pela Prefeitura está localizado na área do antigo viveiro municipal, a 4 km da cidade, próximo ao Parque das Águas. No local, os internos contam com uma estrutura para atividades domésticas (laborterapias), cultivando hortas, cuidando de pesqueiro e fazendo cursos profissionalizantes, além de vivenciarem momentos de espiritualidade e aprofundamento terapêutico.

Entre os profissionais que contribuem para o serviço de recuperação estão psicólogos, psiquiatras, enfermeiros e técnicos em enfermagem, educador físico, terapeuta ocupacional e farmacêutico.