Demonstrando sua insatisfação com a gestão da saúde
municipal, o vereador Rogério Freitas subiu à Tribuna nessa terça-feira, 30, de
onde abordou a ineficiência da Prefeitura em ofertar atendimento de qualidade à
população palmense. Em face a fala realizada na Câmara por outro vereador da
Capital, o qual dizia que Palmas era o município do Tocantins que mais investia
em saúde, Rogério destacou que segundo o relatório do SUS, Araguaína e Paraíso
investem mais do que Palmas.
Conforme o Parlamentar, a prefeita Cinthia Ribeiro que sinalizou, após muita
cobrança, em seu quinto ano de gestão, o credenciamento com clínicas
ortopédicas, sendo a ortopedia o motivo que leva 70% do público ao HGP, deveria
na verdade oferecer o atendimento na própria sede das UPAs, por serem UPAs de
porte 3. "Eu não sei se vossas excelências tiveram a oportunidade de ver o
material encaminhado pelo Executivo para a prestação de contas do primeiro
quadrimestre. Lá no código de ortopedia não tem nenhum serviço ortopédico
prestado pelas UPAs do Município de Palmas. Taí o tamanho do problema, taí o
gargalo", ressaltou.
Outro ponto questionado pelo Vereador foi o atendimento às mulheres grávidas.
"60% dos partos feitos no Dona Regina são do município de Palmas. Palmas
não dá conta de fazer um parto", lamentou. E avaliou. "Então o Dona
Regina trabalha e funciona pra Palmas e o HGP trabalha e funciona pra Palmas. E
Palmas na contrapartida, as UPAs recebem do governo federal pra fazer um
serviço ortopédico e não fazem. É só ler a prestação de contas do primeiro
quadrimestre, não deram conta de fazer nenhum serviço ortopédico",
observou.
Contrapondo a fala do governo municipal de que a gestão tem sido eficiente,
Rogério destacou a insatisfação de usuários do SUS que registraram suas queixas
no Instagram da Prefeitura. O Vereador ressaltou que o público está tendo dias
difíceis quando se trata de atendimento à saúde em Palmas. "Existem
membros do parlamento que falam em nome do governo, que o governo disse que não
precisa fazer hospital não, foi dito aqui nessa Tribuna, 'é dispensável um
hospital municipal'. Então é importante que como fiscais do executivo não
tratemos essa tribuna apenas como uma extensão da Secretaria de Comunicação do
Município, pode deixar, que a Secretaria de Comunicação tá gastando 12 milhões
por ano para fazê-lo", ressaltou.