Pré-candidato a prefeito de Palmas, o deputado estadual Júnior Geo espera ter em mãos entre os dias 13 e 15 de março a declaração de desfiliação partidária concedida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/TO). Ele pede a saída do Podemos, alegando justa causa e, com isto, a previsão é que anuncie ainda em março em qual novo partido deve embarcar.
Como confirmou a assessoria do deputado ao Conexão Tocantins, o Podemos não apresentou testemunha em audiência realizada nesta quarta-feira, 28, no Tribunal, o que leva o parlamentar a analisar que o TRE convalidará o seu anseio de desfiliação.
Busílis
Com a pretensão de disputar a Prefeitura de Palmas, Júnior Geo, busca a saída do Podemos por via judicial após decisões da sigla que o desagradaram. Geo esperava contar com o apoio da sua legenda, que é comandada no Tocantins por Tiago Dimas, mas quem recebeu as bençãos foi o ex-prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, que também é pré-candidato a prefeito da capital.
O deputado também alega exclusão, transparente intenção de alijamento do processo político partidário, perseguição, dentre outros motivos.
Diálogo com Partidos
Júnior Geo afunila discussões em torno da decisão pelo novo partido e já teria recebido convites do Republicanos, comandado no Tocantins pelo governador Wanderlei Barbosa; do PSDB - que tem a prefeita Cinthia Ribeiro na direção; do MDB - partido que está em transição de liderança (do atual titular ex-governador Marcelo Miranda para o deputado federal Alexandre Guimarães), do PRTB - comandado por Freed Lustosa, dentre outras siglas.
Com a prefeita Cinthia Ribeiro, de acordo com apuração, o deputado participou de pelo menos duas reuniões recentes. Apesar das tratativas, nada está fechado.
Fato é que o apoio de Cinthia e de Wanderlei são os mais disputados. Nunca se viu no Tocantins tamanha concorrência entre pré-candidatos, levando em conta o desempenho de ambos na Prefeitura e no Governo - respectivamente.
Janela Partidária
O deputado não pode beneficiar-se da janela partidária (período em que ocupantes de cargos eletivos podem trocar de partido sem perder o mandato). Como em 2024 somente os mandatos de vereador são os que estão prestes a terminar, a norma vale apenas para quem ocupa essa função atualmente.
Deputadas e deputados que foram eleitos em 2022 só poderão usufruir da regra em 2026, ano em que ocorrerá a próxima eleição geral.
