Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Cultura

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Voltada especialmente para a valorização dos povos quilombolas, com exibição de 2 filmes quilombolas/quilombistas, atividades de capacitação e exposição fotográfica que retratam o modo de vida quilombola, a “Toca: Mostra Itinerante de Cinema” será realizada através de investimento edital da Lei Paulo Gustavo (LPG), da Secretaria Estadual da Cultura.

O lançamento está previsto para o dia 22 de Agosto, em Araguaína, e posteriormente haverá edições nas cidades de Muricilândia, Aragominas, Santa Fé, Gurupi, Chapada de Natividade, Natividade, Dianópolis e Arraias. De acordo com a responsável pelo projeto, a antropóloga, realizadora audiovisual e produtora executiva Lucinete Morais, o objetivo é valorizar do patrimônio imaterial, de forma a promover - através do cinema - o intercâmbio de conhecimentos quilombolas e estimular as produções de narrativas audiovisuais com as comunidades.  “Através da oficina de fotografia, por exemplo, buscamos valorizar o olhar dos jovens para as referências culturais  ainda presentes nas comunidades, seja relacionados ao trabalho, ao alimento, à religiosidade, às relações comunitárias”, complementa a idealizadora da Toca.

A iniciativa partiu da experiência de Lucinete Morais como antropóloga, pesquisadora, educadora popular e realizadora audiovisual. “Me deparei com as comunidades quilombolas tocantinenses muito distantes de eventos culturais a partir da exibição de filmes, sendo que a maioria das cidades do Tocantins não tem uma sala de cinema para exibição, e por outro lado a dificuldade em tornar conhecidos e acessíveis os filmes produzidos no interior do Brasil que refletem as tradições, o território e o patrimônio cultural das comunidades”, justifica.

Filmes exibidos nas comunidades

A Sússia. Arraias/TO, 2018. Documentário (17 m 05 s).

Sinopse: Ao som de caixas, pandeiros e bumbos, mulheres e homens de todas as idades cantam, tocam, batem palmas, dançam, recriam as tradições e recontam sua própria história na Comunidade Quilombola Lagoa da Pedra. “O grupo é formado na comunidade quilombola Lagoa da Pedra por mulheres, crianças e homens. Um homem toca a caixa e o outro, bumba, as mulheres usam saias longas rodadas e floridas, um lenço amarrado na cabeça e dançam descalças. As pessoas do grupo sambam e cantam, os cantos que são cantados só na roda de samba”.

Marta Kalunga/GO, 2022. Documentário (30 m).

Sinopse: Conduzidos pelo corpo/território de Marta, vamos de encontro com sua história, sua bus