A Chamada Pública “Finep Amazônia – Bioeconomia e Desenvolvimento Regional”, promovida pelo Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) da Fiepa e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), apresentou nessa quarta-feira,18, novas oportunidades para empresas brasileiras, com sede ou filiais na Amazônia Legal, desenvolverem produtos e processos inovadores. O evento contou com a parceria da Fiepa/Redes, Instituto Senai de Inovação e Tecnologias Minerais (ISI-TM) e o Observatório da Indústria do Pará.
O objetivo da Finep é fomentar o desenvolvimento econômico e sustentável na Amazônia, por meio do financiamento de projetos ligados à bioeconomia e ao desenvolvimento regional. Segundo Rodrigo de Lima, gerente Regional Norte da Finep, muitos empresários ainda desconhecem os mecanismos de apoio existentes. "Esse momento de divulgação e aproximação para explicar como são os processos e as linhas de crédito é sempre muito produtivo, e a gente vê que aumenta a qualidade dos projetos que são submetidos", comentou.
Cassandra Lobato, gestora do Fiepa/Nac, destacou a importância do diálogo entre indústria e instituições financeiras. "Nosso objetivo é estreitar o relacionamento entre as indústrias e as instituições que fomentam o crédito, para que os empresários tirem as dúvidas e entendam as possibilidades de atração de recursos", explicou.
O presidente do Sistema Fiepa, Alex Carvalho, ressaltou o papel da Federação em agilizar essas conexões. “Temos um campo muito vasto e fértil para desenvolver. O que compete a nós é buscar esses recursos. Esse é o espírito da Federação”, afirmou.
Temáticas prioritárias e recursos
A chamada abrange três grandes áreas de atuação:
Bioeconomia: desenvolvimento de produtos e processos a partir da biodiversidade amazônica, como biocombustíveis, cosméticos e alimentos.
Comunidades Resilientes e Sustentáveis: soluções para gargalos das cadeias produtivas da bioeconomia, saneamento, energia renovável, logística e maquinário.
Desenvolvimento do Território Amazônico: projetos voltados para cidades sustentáveis, descarbonização e transformação digital, com parcerias obrigatórias com Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) na Amazônia Legal.
A iniciativa disponibiliza R$ 100 milhões em recursos, com subvenções econômicas variando de R$ 3 milhões a R$ 20 milhões, dependendo do porte da empresa. As contrapartidas financeiras variam de 10% a 50%, conforme o tamanho da empresa. O prazo de execução dos projetos é de até 36 meses, podendo ser prorrogado.
As propostas devem atingir pelo menos 70% da pontuação máxima na análise de mérito, reforçando o compromisso com a inovação e o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal.