A colheita da safra 2025 de soja no Tocantins segue em ritmo acelerado, atingindo cerca de 28% da área plantada. Esse avanço representa um crescimento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando apenas 15% da produção havia sido colhida. O período chuvoso bem distribuído ao longo do ciclo contribuiu para um bom desenvolvimento das lavouras, mantendo a produtividade dentro da média esperada, em torno de 60 sacas por hectare.
Com a cultura já em maturação fisiológica, etapa final do ciclo, os produtores precisam redobrar os cuidados para evitar prejuízos causados por doenças de final de ciclo e insetos sugadores. A atenção no manejo nesta fase é essencial para garantir a qualidade dos grãos e preservar os bons índices de produtividade.
“É essencial que os produtores intensifiquem o monitoramento das lavouras, façam aplicações adequadas de fungicidas para o controle de doenças e utilizem inseticidas seletivos para conter a infestação de sugadores, como percevejos. Além disso, a dessecação no momento certo contribui para uniformizar a maturação e garantir a qualidade dos grãos na colheita”, destaca Caroline Barcellos, presidente da Aprosoja Tocantins.
Apesar do cenário favorável na produção, um desafio se aproxima: o escoamento da safra. A concentração da colheita nas próximas semanas pode gerar gargalos logísticos, aumentando a demanda por transporte e dificultando a fluidez no escoamento dos grãos, o que preocupa o setor.
Diante dessa situação, a Aprosoja Tocantins acompanha o cenário com atenção e reforça a necessidade de estratégias para minimizar os impactos desse estrangulamento logístico. “O setor enfrenta um grande desafio com a intensa concentração da colheita no próximo mês. Possíveis atrasos e os custos elevados de transporte podem impactar diretamente os produtores. É fundamental buscar alternativas para evitar prejuízos e garantir o bom andamento da safra”, destaca Caroline. (Kiw/AI)