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Polí­tica

Carlos Antônio da Costa Júnior e o prefeito Eduardo Siqueira Campos

Carlos Antônio da Costa Júnior e o prefeito Eduardo Siqueira Campos Foto: Divulgação/Secom

Foto: Divulgação/Secom Carlos Antônio da Costa Júnior e o prefeito Eduardo Siqueira Campos Carlos Antônio da Costa Júnior e o prefeito Eduardo Siqueira Campos

Luciana Monturil, mãe de Carlos Antônio da Costa Júnior - exonerado nessa terça-feira, 1° de julho, do cargo de secretário-chefe de gabinete do prefeito - saiu em defesa do filho e criticou a postura adotada pelo prefeito em exercício, pastor Carlos Velozo (Agir). Por meio de mensagem divulgada na sua página oficial no Instagram, ela falou de incoerência e oportunismo. "Hoje é um daqueles dias difíceis de digerir. Vejo meu filho sendo desligado de seu cargo, não por falta de competência ou comprometimento, mas por algo muito mais duro de aceitar: a incoerência de quem deveria, neste momento, estar agindo com lealdade, respeito e dignidade", escreveu. 

Luciana destaca que a prisão do prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos) foi um abalo e reforça que em tempos como este, o que se espera dos verdadeiros aliados é união, prudência e apoio. "No entanto, o que vejo é exatamente o contrário", argumenta. 

A mãe de Carlos Júnior diz ser profundamente lamentável ver o atual gestor interino, "um suposto apoiador" e "alguém que caminhou ao lado do prefeito", usar a situação delicada do momento para promover uma substituição silenciosa, aproveitando-se da vulnerabilidade do momento para ocupar espaços com os seus. "A forma como meu filho está sendo desligado não fala sobre ele, fala sobre quem o tirou", declara Luciana. 

Confira a nota de Luciana na íntegra:

Hoje é um daqueles dias difíceis de digerir. Vejo meu filho sendo desligado de seu cargo, não por falta de competência ou comprometimento, mas por algo muito mais duro de aceitar: a incoerência de quem deveria, neste momento, estar agindo com lealdade, respeito e dignidade.

A prisão do prefeito Eduardo Siqueira foi um abalo para todos que acreditam em seu trabalho e no projeto político que ele tem pra Palmas. Em tempos como esse, o que se espera dos verdadeiros aliados é união, prudência e apoio. No entanto, o que vejo é exatamente o contrário.

Ver o atual gestor interino, um suposto apoiador, alguém que caminhou ao lado do prefeito, usar essa situação delicada para promover uma substituição silenciosa, aproveitando-se da vulnerabilidade do momento para ocupar espaços com os seus, é profundamente lamentável. Não se trata de apego ao cargo. Nossa indignação não é movida por vaidade ou interesse pessoal. É movida por um sentimento mais amargo: a constatação de que há quem confunda oportunidade com oportunismo. A forma como meu filho está sendo desligado não fala sobre ele, fala sobre quem o tirou.

Seguiremos com a consciência tranquila de que sempre estivemos do lado certo, honrando princípios, e não interesses. O meu filho @carlos_jr_costa continua com a mesma ética, o mesmo espírito de serviço público e o mesmo respeito de todos que conhecem sua trajetória. E quando tudo passar (porque vai passar) ficará evidente quem permaneceu de pé com dignidade e quem se apoiou em conveniências. Seguimos firmes, com fé, consciência limpa e cabeça erguida.

Exoneração 

O Diário Oficial de número 3.743 - dessa terça-feira, 1° de julho, traz as exonerações de Renato de Oliveira - do cargo de procurador-geral do município, e de Carlos Antônio da Costa Júnior - do cargo de secretário-chefe de gabinete do prefeito. 

No lugar de Renato foi nomeada Priscila Alencar Verissimo de Souza, e para ocupar o cargo de Carlos Júnior foi nomeado Fábio Bernardino da Silva. Os novos representantes são de Brasília e filiados ao Agir, partido do pastor Velozo. 

Por meio de nota, divulgada antes da publicação do Diário Oficial (divulgado à noite), Carlos Júnior reclamou da exoneração, disse que foi surpreendido pelo ato do prefeito em exercício e acrescentou estranhar a mudança repentina de postura de Velozo. O prefeito justificou as exonerações como atendimento a pedido do Agir. 

"Estranha a mudança repentina de postura, apenas um dia após o próprio prefeito em exercício dizer a todos os secretários e presidentes de autarquias, de que não haveriam mudanças de secretários e nem demissões. Fato é que a prática contradiz o discurso e, em muito pouco tempo, levantando dúvidas e questionamentos sobre a fragilidade de uma aliança política vitoriosa e que se mostra desfeita tão rapidamente", critica Carlos Júnior em nota. 

Carlos Júnior é amigo pessoal e de confiança do prefeito Eduardo Siqueira. 

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