A velocidade das mudanças tecnológicas impõe um desafio crescente às organizações. No Brasil, 42% dos líderes empresariais admitem dificuldades para acompanhar o ritmo de disrupção e 53% afirmam não saber como seus setores estarão nos próximos três a cinco anos. Os dados fazem parte da segunda edição da pesquisa global Catalisador da Inovação, realizada pela Dell Technologies em parceria com a Vanson Bourne e que ouviu 2.850 líderes em 40 mercado globais.
Para 94% dos executivos brasileiros, a IA (Inteligência Artificial) Generativa transformará significativamente suas indústrias - um aumento de 4 pontos percentuais em relação aos 88% identificados na edição de 2024 do estudo. No entanto, 100% das organizações admitem que as equipes precisam desenvolver conhecimentos que ajudem a desbloquear todo o potencial dessa tecnologia.
A falta de conhecimento também aparece como a principal barreira durante a implementação dos projetos de IA. Dos 92% de entrevistados que afirmam enfrentar barreiras na implementação desses projetos, 44% reportam a falta de conhecimento das equipes como principal obstáculo, seguido por segurança dos dados (37%) e acompanhar o ritmo de mudança imposta pela tecnologia (37%).
O estudo mostra um avanço na implementação dos projetos de IA Generativa nas empresas instaladas no país, com 22% delas já em fase madura de adoção, contra um índice de apenas 12% em 2024. Além disso, 88% afirmam que estão vendo ganhos significativos de ROI (retorno sobre investimento) e de produtividade com o uso da tecnologia.
Quando questionadas sobre os projetos prioritários de TI para este ano, 62% das empresas reportam que integrar a IA e a IA Generativa aos objetivos de negócio segue como um dos principais investimentos para 2025, só atrás das iniciativas para detectar e prevenir respostas a ameaças cibernéticas (67%).
Desafios de infraestrutura e dados
O estudo mostra também a preparação das empresas em ter uma infraestrutura de TI capacitada a suportar o aumento exponencial no volume de dados gerados, processados e armazenados por conta das soluções de IA Generativa. Nesse sentido, 96% das organizações planejam aumentar sua capacidade de armazenamento neste ano, mas precisam lidar com o desafio de custos para expansão (47%), preocupações com segurança de dados e privacidade (46%) e gerenciar o crescente volume de dados com eficiência (41%).
De acordo com a pesquisa, 97% das empresas afirmam enfrentar desafios para identificar, preparar e usar os dados de forma adequada para os projetos de IA Generativa. Destas, metade (50%) enfrentam barreiras para integrar os sistemas de IA/IA Generativa com a atual infraestrutura de TI e as plataformas de dados. Outros desafios são assegurar a segurança e privacidade (43%), a falta de conhecimento interno em ciência de dados e IA (37%), e lidar com volumes massivos de dados incompletos e que necessitam de limpeza e pré-processamento (36%).
"À medida que a IA representa um dos pilares da inovação, as empresas precisam investir em infraestruturas modernas, escaláveis e sustentáveis", afirma Diego Puerta, presidente da Dell Technologies Brasil. "Sem uma base tecnológica robusta e o tratamento adequado dos dados, será impossível acompanhar o ritmo de disrupção e ser competitivo no mercado."
Sustentabilidade na era da IA é prioridade crescente
Com o aumento do consumo de energia impulsionado pelas tecnologias de IA, a sustentabilidade emerge como um fator crítico. A pesquisa de 2025 revela que 97% das empresas brasileiras concordam que a IA é uma ferramenta crucial para otimizar o uso de recursos e aprimorar a sustentabilidade em suas operações. Além disso, 95% concordam que otimizar a eficiência energética dos data centers é essencial para atingir as metas e compromissos ambientais.
Refletindo essa preocupação, a pesquisa também destaca que 94% das organizações brasileiras estão tomando medidas para abordar as crescentes demandas de energia geradas pelos sistemas de IA Generativa e 81% concordam com a preocupação sobre o impacto ambiental gerado pelo uso da tecnologia.
Para Diego Puerta, a sustentabilidade não é mais um diferencial. “Ela se tornou uma necessidade a ser incorporada na estratégia de inovação. Com o avanço da IA Generativa e o impacto que ela traz para o aumento no consumo de energia nos data centers, as empresas precisam priorizar tecnologias ambientalmente eficientes e que, ao mesmo tempo, permitam que as organizações tirem todo o potencial da IA para inovar e acompanhar o ritmo de disrupção do mercado”, complementa.

