O reajuste nos preços dos convênios médicos deve ficar, neste ano, em linha com os 5,76% aplicados no ano passado. Segundo previsão da própria ANS (Agência Nacional de Saúde), o novo rol de procedimentos - que vigorará a partir de abril - não impactará nos valores dos planos em 2008. Contudo, em 2009 o reflexo de maiores custos pode ser repassado ao consumidor.
O anúncio do teto de realinhamento dos planos de saúde é divulgado em meados do ano. Em 2007, o mês escolhido para o anúncio foi junho. Apesar de relativamente abaixo das expectativas apontadas por especialistas, a percentagem foi tida como alta, tendo em vista que a inflação dos 12 meses anteriores havia sido de 2,58%.
Menor em seis anos
Conforme a agência, o aumento de 2007 foi o menor dos últimos seis anos: em 2000, foi de 5,42%, seguido por 8,71% (2001), 7,69% (2002), 9,27% (2003), 11,75% (2004), 11,69% (2005) e 8,89% (2006).
De acordo com a assessoria de imprensa da ANS, as análises que são feitas para divulgação do reajuste deste ano mostram que não há nenhum desequilíbrio que aponte a necessidade de um incremento maior nos valores.
A alíquota a ser definida será empregada apenas aos planos individuais novos, que representam 15% da carteira total de clientes. O restante corresponde a contratos antigos (anteriores a 1999) e a coletivos. No total, são cerca de 40 milhões de beneficiários.
Impactos em 2009
A ANS ressaltou ainda que os impactos a serem verificados no ano que vem, por conta da inclusão de cem procedimentos obrigatórios nas coberturas médicas, ainda precisam ser analisados. A expectativa é que haja um equilíbrio e o reflexo fique praticamente nulo.
Se, por um lado, uma demanda reprimida deve ter espaço para crescer em determinados serviços - como atendimento terapêutico, nutricional, etc, por outro, a implantação de medidas preventivas de atendimento interdisciplinar podem reduzir a necessidade de atendimento, consultas e internações.
Fonte: InfoMoney