O deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) enviou Indicação à Casa Civil da Presidência da República sugerindo a adoção do Programa "Batata-doce: bioenergia na agricultura familiar" nas regiões Norte e Centro-Oeste do País. A finalidade é incentivar o cultivo da batata-doce com fins energéticos e a implantação de miniusinas para processá-la.
Atualmente, o programa está sendo executado no Estado do Tocantins, por convênio entre a Universidade Federal do Tocantins, o Instituto Ecológica de Palmas, a Eletronorte e o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, com a participação do Governo do Estado e entidades representativas do setor produtivo do Tocantins.
O pedido do deputado foi extensivo aos ministérios de Minas e Energia; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Educação; e da Ciência e Tecnologia. "É um programa deveras interessante e promissor, por propugnar pelo desenvolvimento de tecnologia de produção de etanol a partir de uma cultura genuinamente brasileira, a batata-doce", argumenta Bezerra.
Segundo justifica Bezerra, vários aspectos valorizam a iniciativa, por tratar-se de uma cultura que é produzida somente por agricultores familiares. "Portanto, o caráter social de tal empreendimento é relevante, pois implicará a geração de milhares de empregos e forte impacto distributivo na renda do setor agropecuário".
O deputado observa que a finalidade da exploração passará a ser não unicamente energia. Ele acrescenta que a transformação da batata-doce em álcool produz importante subproduto que será utilizado no arraçoamento dos animais, integrando-se a cadeia produtiva com outros subsetores da agropecuária.
"Particularmente para as regiões Norte e Centro-Oeste, a cultura afigura-se promissora, pela alta produtividade já identificada. Significará inestimável contribuição ao desenvolvimento econômico das regiões e para a melhoria da renda dos agricultores familiares, com reflexos na economia regional como um todo".
A batata-doce, assim como a mandioca, é um produto cultivado em todos os recantos do Brasil, prestando-se, portanto, para o desenvolvimento de programas de desenvolvimento regional, sem maiores limitações ecológicas.
Da redação com informações O Nortão