Antes de repassar o executivo da capital para o vice Derval de Paiva (PMDB) nesta quinta-feira, 10, o então prefeito Raul Filho (PT) fez questão de lembrar da Operação João de Barro, executada pela Polícia Federal em vários municípios do Brasil para investigar fraudes em obras habitacionais construídas com recursos do PAC.
Raul disse que, conversando com alguns companheiros do seu governo resolveu batizar o programa habitacional da prefeitura de Palmas – o maior programa habitacional em construção em uma cidade no Brasil - de “João de Barro”. Ele lembrou que não “há operário mais perfeito” que o pássaro que leva este nome e que a natureza tem mostrado isto aos homens.
O agora candidato Raul, também fez questão de frisar que, com seu licenciamento, ele perde o foro privilegiado da condição de prefeito para ser julgado. Durante o período em que foi desencadeada a operação, o prefeito sempre se mostrou muito trânquilo e informou que a investigação conduzida pela Polícia Federal era legítima e que se tivesse alguém culpado deveria pagar, ressaltando que as obras de Palmas são obras de qualidade.
Disputa igualitária
O petista disse que não tem informação de nenhum chefe de executivo, seja ele presidente, governador ou prefeito, que tenha se afastado de seu cargo para concorrer à reeleição. “Por uma questão de prudência, por uma questão de ética, por aquilo que sempre defendi na minha vida pública; a transparência nos atos públicos e para ir para a rua competir de igual para igual, eu cheguei à consciência de me afastar por este período para ir para a luta igualitária”, afirmou.
Umberto Salvador Coelho
