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A polícia prendeu na manhã da quarta-feira, 5, em Goiânia (GO), um suspeito de envolvimento na morte da criança Lucas Eduardo Mendes de Oliveira, durante um suposto ritual de magia negra, em fevereiro de 2003, na cidade de Paraíso do Tocantins (TO). O menino tinha 7 anos. O chacareiro Rosilon José da Silva, 38 anos, estava em um galinheiro na chácara de um tio no momento da prisão.

Ele teria ajudado a levar Lucas Eduardo para o local do crime e também teria responsabilidade na morte do menino. Lucas desapareceu de casa, em Paraíso do Tocantins, no dia 24 de fevereiro de 2003. Seu corpo foi encontrado mutilado em um córrego da cidade oito dias depois.

Pelo crime, foram condenados Telma Lúcia Cardoso de Carvalho e o filho dela, W., que não tinha completado 18 anos à época. Ele cumpriu pena de três anos de detenção e ganhou a liberdade em 2006. Outro suspeito, Jacks Douglas Camargo, foi absolvido pelo Tribunal do Júri da cidade. Rosilon teve a prisão decretada em 2003, mas não foi mais visto.

O delegado Osvalmir Carrasco, responsável pela prisão de Rosilon e titular do Grupo Tático (GT3) da Polícia Civil, disse que as investigações da polícia de Tocantins apontaram que Jacks teria contratado Telma e o chacareiro para matar Lucas. O objetivo seria atingir a mãe da criança, com quem teria tido um relacionamento amoroso.

Conforme consta na denúncia feita pelo Ministério Público (MP) de Paraíso do Tocantins, testemunhas disseram ter visto Telma participando de rituais com galinhas negras decapitadas em um córrego da cidade. Outras testemunhas teriam confirmado o envolvimento de Rosilon com Telma.

Mas o que levou a polícia até os suspeitos foi o depoimento de uma jovem que teria acompanhado todos até o local e fugido ao perceber que se tratava de um crime. Ela ficou sob proteção da polícia até 2006. - Essa testemunha diz que viu Rosilon e os outros matando a criança. Jacks teria dado uma paulada e o Rosilon teria usado a faca para a morte - disse o delegado. Rosilon também teria sido o responsável por ocultar parte do corpo da criança.

O chacareiro nega qualquer participação no crime. Ele afirmou que conhece os envolvidos, menos Jacks, e que era vizinho de Telma. - Eu só conhecia o menino de vista, ele era amigo do filho da Telma. E eu só falava com ela como vizinho, não tinha amizade - disse.

Da redação com informações do Portal Terra