Com o objetivo principal de acompanhar e medir a temperatura média do ar, umidade relativa do ar, direção e velocidade dos ventos, pressão atmosférica, pluviosidade, radiação solar e temperatura do solo, antes, durante e após a formação do reservatório da UHE Estreito, foi instalada no sábado (8/11) no canteiro de obras da Usina, uma plataforma de coleta de dados ambientais.
A plataforma foi montada pela equipe do professor e meterologista Gunter de Azevedo Reschke, chefe do laboratório de meteorologia do núcleo geo-ambiental da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), parceira do Consórcio Estreito Energia no desenvolvimento do projeto de monitoramento climático da Usina de Estreito.
De acordo com o professor Gunter, o equipamento montado em Estreito é importado dos Estados Unidos e de última geração, funciona a energia solar, através de uma placa que alimenta uma bateria de 12 volts, o que garante o funcionamento 24 horas por dia. “A cada 200 segundos, a plataforma da UHE Estreito enviará para o espaço, via satélite, dados sobre as condições climáticas da região num raio de 80 km, que serão monitorados de três em três horas pela nossa equipe da UEMA em São Luis, via internet”, enfatiza o professor.
Esses dados serão disponibilizados através do Programa Nacional de Monitoramento de Tempo, Clima e Recursos Hídricos, que também conta com o apoio do Consórcio Estreito Energia.
A plataforma inclui uma torre de 10 metros, medida padronizada mundialmente pela Organização Mundial Meteorológica (OMM) e que faz com que os ventos sejam coletados em horário GMT, e outros sensores como o painel solar, aonde vai acoplado o transmissor via satélite, codificado diretamente ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a UEMA.
“Essa plataforma vai otimizar o cronograma da obra com informações precisas de tempo e clima que influenciam diretamente na produtividade dentro do canteiro e em seguida será integrada ao INPE, fornecendo dados da região sul do MA e norte do Tocantins para o agronegócio, por exemplo, além de reforçar o incentivo do empreendimento com a pesquisa na região”, disse o gerente de Meio Ambiente do CESTE, Marcos Duarte.
Uma das grandes vantagens da plataforma é a possibilidade de monitorar essas informações em qualquer lugar desde que esteja conectada a internet, em tempo real, automática, 24 horas por dia ininterruptamente, e com isso melhorar ainda mais as condições de calibrar os modelos matemáticos de previsão do tempo e do clima que são rodados no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e INPE.
“Acho excelente essa parceria porque é difícil obter recursos principalmente em meteorologia que é uma área cara. Estreito, por exemplo, não tem nenhuma estação que você pode buscar dados de quantidade de chuva e temperatura nos últimos 10 anos. E a partir de agora, com essa parceria com o CESTE, teremos esse monitoramento e um registro que pode ser usado para vários setores ao longo dos anos, haja vista que a plataforma armazena os dados”, destaca o professor, informando que no Maranhão existem apenas 17 plataformas e estão sendo instaladas mais seis.
Fonte: Assessoria de Imprensa - UHE Estreito