Exatos 1.337 pólos de cursos de graduação à distância foram fechados pelo Ministério da Educação (MEC) em todo o país. Os centros de apoio aos alunos não eram registrados no ministério e, segundo o secretário de Educação à Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, “estavam com oferta muito desqualificada”. Em alguns faltavam laboratórios, bibliotecas e até mesmo coordenadores.
“É uma medida muito forte de fato porque descontinua uma oferta muito grande, mas nós não temos nenhuma dúvida que estamos corretos porque é muito importante garantir a qualidade do processo de ensino superior à distância ”, defendeu Bielschowsy.
Os pólos pertencem a três das quatro instituições que foram supervisionadas pelo ministério: Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Centro Universitário Leonardo da Vinci (Uniasselvi), de Santa Catarina e a Faculdade Educacional da Lapa (Fael), do Paraná. O ministério também encontrou irregularidades na Universidade do Oeste do Paraná (Unopar), mas não será necessário fechar pólos ou cortar vagas.
O MEC ressalta que os alunos já matriculados em cursos apoiados nesses pólos não serão prejudicados. Os estudantes serão remanejados para pólos próximos. “Quando isso não for possível, vamos manter esses lugares de oferta até o final da formatura desses alunos e as instituições terão que fazer investimentos para melhorar a qualidade. Mas não será permitido mais ingressos”, explicou o secretário.
A maioria dos pólos fechados são da Unitins e da Fael, que compõem o Sistema Eadcon. Procurada pela reportagem, a instituição não quis se manifestar e, em nota, informa que as negociações com a Unitins e a Fael para sanear os problemas detectados pelo MEC estão em estágio avançado. Segundo o ministério, as instituições têm prazo de um ano para solucionar os problemas, caso contrário tem início um processo que pode chegar ao descredenciamento dos cursos.
Outras quatro instituições estão passando pelo mesmo processo de avaliação e poderão ter pólos fechados. Bielschowsky aponta que algumas faculdades cresceram muito rápido e hoje menos de 10% delas concentra 75% das matrículas. Ele recomenda que o estudante, antes de escolher um curso de educação a distância, visite o pólo presencial da sua cidade para checar as condições do local. Ele também deve confirmar no site do MEC se a instituição e o pólo são registrados.
“Se eu fosse aluno, a primeira coisa que eu faria seria conversar com um futuro colega. Pergunte se ele está estudando muito, se dedicando, fazendo provas. Se ele falar que está levando, que o curso é fácil, não faça. Um curso de educação a distância requer muito estudo. Não faça porque não vai aprender e só vai ter um diploma para botar na parede, sem melhoria para sua vida profissional”, alertou.
Fonte: Agência Brasil