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Meio Ambiente

Foto: Divulgação  Pirarucu (Arapaima gigas) é o maior peixe de escamas da Amazônia, podendo alcançar 3 m de comprimento Pirarucu (Arapaima gigas) é o maior peixe de escamas da Amazônia, podendo alcançar 3 m de comprimento

Implementar parceria entre o órgão ambiental e associações de pescadores no desenvolvimento de projeto do manejo sustentável do pirarucu. Essa foi a finalidade da reunião que aconteceu na tarde desta segunda-feira, 19, entre o presidente do Naturatins, Marcelo Falcão, o representante da Coopter – Cooperativa de Trabalho e Prestação de Serviços, Assistência Técnica e Extensão Rural e o secretário municipal de Meio Ambiente de Araguacema.

Elaborar uma agenda positiva entre os pescadores e o órgão, através de projetos já existentes e desenvolvidos pelo Naturatins, e a regulação do manejo do pescado, foram as principais demandas apresentadas durante a reunião. Como encaminhamento, o presidente do órgão se dispôs a colaborar no que for possível e solicitou um encaminhamento oficial das solicitações do grupo, pontuando as sugestões e necessidades relacionadas ao projeto, as quais o Naturatins possa colaborar.

Falcão parabenizou a Coopter como proponente do projeto e salientou que iniciativas sustentáveis como esta é que vão garantir a existência dessa espécie tão ameaçada de extinção.

Projeto Pescar

Com uma previsão de beneficiar diretamente cerca de 350 famílias de pescadores distribuídas nos municípios de Araguacema, Caseara e Couto Magalhães, o projeto consiste em trabalhar a pesca artesanal das colônias de pescadores de maneira sustentável, sem agredir o meio ambiente e garantindo o sustento das famílias que vivem da atividade.

Em desenvolvimento há 2 anos, o projeto será colocado em prática em 3 fases, com previsão de conclusão dentro de mais três anos. Na primeira fase, já realizada, foi elaborado um diagnóstico social, econômico e produtivo dos pescadores integrantes das colônias e a capacitação dos pescadores (no exercício da atividade proposta) e do poder público.

Já na segunda fase, além das capacitações que estão sendo realizada, foi iniciado o mapeamento dos lagos passíveis de serem manejados com tanque rede para criatório do pirarucu, sendo esta etapa em caráter experimental; também está sendo feito um treinamento com agentes ambientais voluntários e início do beneficiamento e comercialização do pescado.

Na terceira fase, o grupo iniciará a implementação dos acordos de pesca e início do manejo do pirarucu.

Parceiros

Apóiam o “Projeto Pescar” os municípios de Araguacema, Caseara e Couto Magalhães, a SEAP – Secretaria Especial da Pesca, o MDA – Ministério de Desenvolvimento Agrário e a SDT – Secretaria de Desenvolvimento de Territórios.

Para os idealizadores do projeto, a preferência do pirarucu como espécie escolhida para o manejo foi devido a escassez do peixe nos rios e lagos do Estado, pela viabilidade econômica e comercial e, ainda, pelo fato do mesmo integrar a lista de animais em risco de extinção. Após os resultados no manejo do pirarucu, o grupo pretende manejar outras espécies em criatórios.

Fonte: Secom