Pelo menos 12 crianças, com idade entre 08 e 12 anos, foram vítimas de abuso sexual e atentado violento ao pudor na cidade de Arraias, a 413 km da capital, tendo como autores Odair Florêncio Ramos, de 73 anos e Galdino Moreira de Oliveira, de 68 anos.
Após receber uma denuncia de suposta prática de crime de pedofilia, a polícia civil de Arraias iniciou, no dia 03 de junho do ano em curso, investigações que se estenderam por quase dois meses e culminaram na prisão de Ramos e Oliveira, ambos acusados de abusarem sexualmente de aproximadamente 12 crianças com idades que variam de oito a 12 anos. De acordo com informações do delegado de Policia Ronan Almeida, uma terceira pessoa pode também estar envolvida na prática criminosa, estando esta com a prisão preventiva decretada.
Ainda conforme o delegado, durante as investigações, apurou-se que um dos acusados, residia próximo a Escola Apoenã, e sempre ficava nas proximidades da escola nos horários de saída e entrada dos alunos, tentando atrair as crianças, usando para isto dinheiro, balinhas e biscoitos. “As vítimas narraram que ele sempre portava células de pequeno valor, bem como balinha e bolacha e os mostravam às menores na porta da escola”, afirma o delegado.
Após o depoimento de diversas crianças, a Polícia chegou ao segundo acusado. Segundo depoimentos, Oliveira abusava sexualmente das menores da mesma forma que Ramos, sendo que por vezes ambos praticavam os atos hediondos na casa de Odair e outras vezes, as menores, iam até a casa de Galdino, onde também eram molestadas. Encaminhadas ao Instituto Medico Legal, foi constatada ruptura de hímem em pelo menos cinco meninas.
O delegado informou ainda que o procedimento criminoso era sempre o mesmo, após atrair as meninas com doces e biscoitos, as trancavam em sua casa e as violentavam. Após molestar as vítimas, os acusados lhes davam pequenos valores monetários e pediam para que elas chamassem outras crianças para sua casa e ainda as ameaçavam, caso contassem algo a alguém.
Os acusados foram indiciados nos crimes de atentado violento ao pudor e estupro, com violência presumida. A pena para cada crime é de até 10 anos. Considerando que foram 12 vítimas e, segundo elas, inúmeras foram as vezes que foram molestadas pelos acusados, a reprimenda final poderá ultrapassar 120 anos de cadeia.
Fonte: Secretária de Segurança Pública