Com o início do período chuvoso, a Adapec – Agência de Defesa Agropecuária – alerta os produtores rurais, principalmente os da região Norte do Estado, quanto à alimentação dos equídeos (equinos, asininos e muares). O objetivo do sobreaviso é evitar novas mortes de animais na região, como as que ocorreram no início deste ano. Embora a causa ainda não tenha sido confirmada cientificamente, há indícios de que o problema esteja relacionado à pastagens.
Diante disso, a Adapec sugere que os produtores evitem deixar os animais pastejando nas seguintes cultivares durante a época de chuva: Tanzânia -1, Mombaça e Massai da variedade Panicum Maximum. O mesmo parecer e proposta foram confirmados em nota técnica divulgada pela Embrapa Gado de Corte, órgão responsável por lançar as cultivares, hoje suspeitas de causar a morte dos animais.
O documento indica, ainda, que os produtores implementem áreas de pastagem alternativas, sobretudo, Brachiaria humidicola. Esta variedade não teve relação com as mortes dos equídeos e deve servir como pastejo para os animais neste período de chuvas.
O presidente da Adapec, José Luciano Azevedo, explica que profissionais das áreas de ciências agrárias da Embrapa Gado de Corte, Embrapa Amazônia Oriental, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e de várias universidades estão estudando as mortes para identificar a causa. “Esses casos foram registrados somente na região Amazônica e no período chuvoso, em especial no seu início. E como a causa ainda não foi comprovada, não custa prevenir e mudar os animais de pastagem”, disse o presidente.
Entenda
Os primeiros casos de morte de cavalos e muares ocorreram a partir do mês de março, no Tocantins. Ao todo, sete propriedades dos municípios de Carmolândia, Piraquê e Aragominas notificaram casos da doença junto à Adapec. Vinte e seis animais foram atendidos por fiscais agropecuários e nove morreram.
O diretor de Defesa Animal, José Emerson Cavalcante, lembra que é de fundamental importância que o produtor notifique junto à Agência os casos de suspeita da doença. Isto deve ser feito o mais rápido possível. “Assim que informado, os fiscais agropecuários irão ao local conferir o caso e tomar as medidas necessárias. Dessa forma, poderemos reconhecer a real dimensão da propagação deste problema”, explicou o diretor.
O produtor deve ficar atento aos seguintes sintomas: fortes cólicas, inquietação, timpanismo (inchaço no abdômen), sinais de dor, congestão de mucosas e, às vezes, refluxo nasal.
Fonte: Adapec