Recentemente parte dos farmacêuticos servidores do Estado do Tocantins foi beneficiada com a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais. O que deveria ser motivo de comemoração (e foi) agora está se tornando mais um percalço.
As escalas de plantão estão com déficit de profissionais, sedo que existem dias que setores não funcionam e alguns diretores de unidades estão sugerindo aos farmacêuticos devem “doar” seu tempo, através de plantões extras, para o Estado.
O Sindicato dos Farmacêuticos já vem protocolando vários pedidos na Secretaria de Saúde do Estado, pedindo uma solução para o problema. Porém, segundo os representantes do Sindifato, pouco ou nenhum progresso vem sendo feito. “Já participamos de reuniões com os representantes da Secretaria de Saúde e nossos pedidos estão sendo estudados, mesmo alertando sobre a falta de profissionais e o espaços nas escalas.
A Sesau alega desconhecimento deste problema e que até hoje nenhum diretor de unidade relatou o problema da falta de farmacêuticos nas unidades hospitalares.”, informou o Presidente do Sindifato, o farmacêutico Renato Soares Pires Melo.
Segundo o Sindifato, a oferta de vagas no último concurso foi insuficiente para cobrir a demanda de profissionais. Pelo levantamento realizado pela entidade, o número de comissionados é bem superior ao número de concursados. Se forem ofertadas apenas 50 vagas, não supre nem a metade da necessidade. O próprio sindicato está realizando um levantamento da necessidade de profissionais para atuar nas unidades do Estado, com o objetivo de sustentar a necessidade de profissionais.
“Poderíamos fazer como algumas categorias, e paralisar o serviço, porém temos consciência de que esta conduta custaria a vida de várias pessoas inocentes. Tentamos de todas as formas o diálogos e continuamos dispostos a isso. Porém, toda semana é uma nova situação adversa que nossos representados encontram em seus locais de trabalho.” informou Melo.
O Sindifato vai reunir os profissionais para deliberar se denuncia esta prática ao Ministério Público Estadual, pois, segundo o Sindifato, isso se trata de improbidade administrativa, se o profissional trabalhar além da sua jornada de trabalho deve receber por isso. “A sugestão de que os farmacêuticos devem doar seu tempo para a Secretaria, significa para nós, enriquecimento do Estado às custa do nosso trabalho. Já que para outras categorias, existem os plantões extras regulamentados e pagos”, finalizou o Presidente do Sindifato.
Fonte: Assessoria de Imprensa/ Sindifato