Em entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta segunda-feira, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Tocantins, Sílvio Cunha, afirmou que o órgão é contra a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
De acordo com o presidente, a volta do imposto representará um grande impacto para as empresas e não trará os benefícios estimados para o setor da saúde pública. “O imposto não trouxe nenhum benefício para a saúde. Isso será somente mais um imposto que ninguém sabe para onde vai”, completou.
Impacto nas empresas
Cunha destacou que o impacto financeiro causado pela restituição da CPMF representará um forte déficit para os cofres das empresas do Tocantins. De acordo com o presidente da CDL, caso sejam mantidos os moldes da antiga CPMF, extinta em 2007, o empresariado terá que desembolsar 0,25% de sua arrecadação bruta para os governos federal, estadual e municipal. “Se for no mesmo molde da de antigamente, o impacto será de 0,25% do montante bruto da empresa”, afirmou.
Bastante indignado com o possível retorno da CPMF, o presidente da CDL destacou que o órgão é contra qualquer tipo de cobrança que considera abusiva e que não trará os benefícios propostos. “A CDL repudia a volta deste imposto”, completou.
Repasse afeta diretamente população
Sílvio Cunha informou que, caso aprovado, o retorno da CPMF trará impactos imediatos e a médio prazo também no bolso da população em geral. Ele explicou que as empresas não teriam condições de arcar com o acréscimo de 0,25% de gastos sobre o lucro bruto e que este valor seria imediatamente repassado ao preço final dos produtos e serviços.
De acordo com o representante do empresariado, quem vai acabar arcando com a recriação da CPMF será o consumidor final dos produtos ou serviços, ou seja, a população. “O empresário não vai ter como absorver este valor. Ele vai ter que acabar repassando este gasto para o valor final do produto, que chega ao consumidor”, afirmou.
