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Estado

O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do promotor de justiça Daniel de Oliveira Almeida, ofereceu denúncia contra Talita Bonfanti, 22, e Millena Coelho, 22, por homicídio e ocultação de cadáver. As duas confessaram o assassinato de Gustavo Arruda Ferreira, 24, na cidade de Paraíso do Tocantins, no dia 21 de janeiro de 2011. Após o primeiro depoimento, as denunciadas mudaram detalhes da versão inicial do crime.

Motivação do Crime

Consta nos autos que as denunciadas mantêm relacionamento homoafetivo e adotavam perante a sociedade a postura social típica de um casal.

De acordo com o inquérito, a vítima (Gustavo Arruda Ferreira), desde setembro de 2010, tentava iniciar um relacionamento com a primeira denunciada, Talita Bonfanti, o que só começou a se concretizar três semanas antes do crime. O fato teria causado ciúmes na segunda denunciada, Millena Coelho, em relação à companheira Talita, com quem mantinha união estável. Para preservar a relação entre elas, as duas decidiram “arquitetar ardiloso plano que culminou na morte do jovem Gustavo”.

Crime

Conforme consta no inquérito, em 21 de janeiro de 2011, Talita Bonfanti teria convidado, dissimuladamente, Gustavo para jantar em sua residência, já que estaria sozinha. Pediu inclusive que o jovem não comentasse sobre o encontro com ninguém. Na casa da acusada, Gustavo teria ingerido um medicamento denominado “Convulsan” presente no jantar (purê de batatas) que lhe fora servido, com objetivo de fazê-lo dormir.

Ao perceber que o remédio não fazia efeito, Talita iniciou uma massagem em Gustavo e quando percebeu que ele estava dormindo, sinalizou para Milena, que estava escondida na despensa. Milena então, golpeou Gustavo na cabeça com um martelo e o algemou. Amarrou os pés e as mãos dele com cordas e em seguida desferiu-lhe vários golpes de faca. Talita teria acompanhado todos esses procedimentos.

Após constatar a morte do rapaz, as denunciadas decidiram ocultar seu corpo no porta-malas do carro em que ele estava. O veículo foi conduzido por elas até um trecho da BR-153 em Paraíso, onde foi abandonado.

Para o promotor de justiça, Talita Bonfanti e Milena Coelho cometeram crime triplamente qualificado – motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que tornou impossível a defesa da vítima. Diante do relatado, o MPE pede à justiça a condenação pelo Egrégio Tribunal do Júri, por homicídio e ocultação de cadáver.

Fonte: Assessoria de Imprensa/ MPE