O presidente da Federação da Agricultura- Faet Júnior Marzola afirmou ao Conexão Tocantins que de acordo com o Artigo 299 do Código Penal e do artigo 12 inciso IV da portaria Interministerial nº 127 se a senadora Kátia Abreu vencer as eleições para presidente da entidade a Faet não poderá receber recursos do governo federal.
O motivo segundo ele é porque qualquer político que tenha mandato inviabiliza a entidade de receber verbas e fazer convênios federais. “Enquanto ela tiver como presidente não tem como fazer convênio com o governo federal”, salientou.
A mesma portaria foi o que inviabilizou segundo ele que o deputado federal Freire Júnior (PSDB) integrasse sua chapa.A eleição acontecerá dia 4 de maio e 31 sindicato estão aptos a votarem segundo o presidente.
Segundo narrou Marzola o grupo de presidentes de sindicatos ligados a ele elegeram a meta de não misturar questões partidárias com a entidade. “A Faet não tem cor partidária e será parceria de todos” frisou.
Em vários momentos da entrevista Marzola afirmou não ter nenhum tipo de desavença com a senadora. “No nosso segmento não há ninguém que tenha algo contra a senadora” disse. “Não temos nada contra ela, pelo contrário queremos sempre manter ela lá na CNA como nossa representante” completou.
Outra questão que o presidente apontou como fatores desnecessários para que a senadora não seja candidata foi o acúmulo de cargos. “Ela já é senadora presidente da CNA, queremos ela lá para a apoiarmos”, frisou.
Relação com o governo
O presidente mencionou ainda que foi escalado por um grupo de produtores após uma reunião para conversar com o governo estadual sobre a eleição da entidade. Na oportunidade segundo Marzola, os produtores escalaram para ser candidatos Adriano Rabelo, presidente do Sindicato de Colinas e Frederico Sodré de Miracema.
Na versão de Marzola, nem ele nem a senadora participaram de tal reunião e o presidente do Sindicato de Palmas, Antônio Machado ficou escalado para conversar com a senadora e levar os dois nomes escolhidos pelo grupo. No entanto, a senadora não teria aceitado, conforme o presidente.
“Eu estava disposto a deixar a candidatura mas Kátia não abriu mão e disse que tem um projeto pessoal aqui”, frisou.
O presidente apresentou alguns números que comparam a sua gestão com a da senadora e frisou que a entidade nos últimos anos teve condições de se desenvolver mais e principalmente os sindicatos.
Marzola tem 22 membros na sua chapa sendo que 19 são presidentes de sindicatos. “Não existe espírito de revanchismo com a senadora”, reafirmou o atual presidente.
A senadora deve registrar a chapa dela esta sexta-feira 8. Kátia já afirmou que tem 80% do apoio dos sindicatos que votam na entidade.A disputa agora segue para o voto.
Eleição passada
O presidente se desentendeu com a senadora na eleição do ano passado quando não apoiou a orientação do partido e abriu mão da candidatura. Marzola salienta que a eleição da entidade não tem nada a ver com a que a passou. “Precisamos fortalecer a entidade, estarmos juntos pelo nosso setor”, concluiu.