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Economia

Foto: Fernando Alves

Foto: Fernando Alves

Em seis anos mais de 2 mil micro-empreendedores receberam incentivo da Prefeitura de Palmas para iniciar ou ampliar seus negócios, através do Banco do Povo. E este benefício não chega só a eles, promove uma cadeia de desenvolvimento e geração de renda.

Um banco para quem quer crescer, gerar trabalho e renda, um banco para o povo de Palmas. Foi essa idéia do prefeito Raul Filho, ao criar em 2005 o Banco do Povo, através do Fundo de Desenvolvimento da Economia Popular e Solidária do Município de Palmas. Promover os micro e pequenos empreendimentos formais e informais é foco do trabalho que iniciou em 20 de maio, e foi efetivado em 23 de junho daquele mesmo ano. Em seis anos de criação, o Banco liberou 2.021 financiamentos, e investiu R$ 6.200.250,00, a contar até o último mês de abril.

Em 2011, o Banco pretende liberar aproximadamente 500 empréstimos, investindo mais de R$ 1.300.000,00 em diversas áreas da economia da Capital. O Prefeito Raul Filho destaca com freqüência a importância deste trabalho. "O atendimento aos micro e pequenos empresários é prioridade para nossa gestão. Eles são muito importantes para o fortalecimento da economia solidária e o Banco do Povo é o instrumento para este trabalho." afirma.

Só no ano de 2010 foram liberados 322 micro-créditos, sendo 287 deles destinados a pessoas físicas, ou seja, a empreendedores informais, e outros 35 a pessoas jurídicas. A economia palmense recebeu no último ano um investimento de R$ 1.359.300,00. O comércio é o setor mais atingido, ficando com 65 % dos recursos liberados pelo Banco do Povo. O setor de serviços aparece em segundo lugar com 17% do total de recursos liberados, seguido pelo setor de produção (9,5%), e rural (8,5%).

Nestes seis anos de existência, a serem completos junto com os 22 anos da Capital, o Banco rendeu lucros e transformou negócios como o do cliente Gleidson Ferreira Mendes, 38 anos, proprietário do Restaurante Fazendinha, instalado na Universidade Federal do Tocantins. Gleidson buscou o Banco do Povo para ampliar o restaurante, conseguiu um empréstimo de R$ 10 mil e comprou fogão, mesas e cadeiras, e ainda passou a contar com capital de giro. Daí veio a mudança: dos seus 40 clientes usuais de antes, o restaurante passou a receber por dia cerca de 200 pessoas.

“Antes eu não podia oferecer conforto aos meus clientes, mal tinha como o pessoal sentar, com o empréstimo consegui investir neste conforto e também na variedade, agora tenho clientes assíduos”, destacou satisfeito Gleidson Ferreira. Com os bons resultados, o empresário já pensa em abrir outro restaurante. “Estou pensando em abrir no centro da cidade, estou muito feliz com meu negócio”, disse.

O Restaurante Fazendinha também tem outro exemplo positivo a dar sobre o Banco do Povo. Ali, graças a ampliação do negócio são mantidos três empregos formais, demonstrando o caráter gerador de renda do Banco, e ainda há o beneficio de permuta a estudantes da própria UFT, em que os estudantes trabalham durante cerca de 1 hora por dia, e recebem os serviços do restaurante.

Busca por empréstimo

A atuação do Banco do Povo é direcionada a projetos diversificados, como costureiras, salgadeiros, cabeleireiros, horticultores, produtores de mudas, produtores de mel, criadores de galinha, codornas. Também há empreendimentos voltados a produção de sandálias, bijuterias e a vendas de confecções, feirantes, camelôs, entre outros.

Além de empréstimos, o Banco do Povo oferece assessoria e capacitação para os empreendedores disponibilizando um corpo técnico de consultores, desde a apresentação do projeto até a sua execução.

Para adquirir um empréstimo no Banco do Povo é necessário possuir um negócio formal ou informal e não constar como devedor no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou no Serasa. São disponibilizados para pessoa física: de R$ 500,00 a R$ 5.000,00 e para pessoa jurídica: de R$ 1.000,00 a 10.000,00. A taxa de juros é de 2,5% ao mês.

Os prazos para pagamento são de 01 a 24 meses para empreendedores formais e de 01 e 18 meses para empreendedores informais.

Fonte: Ascom Banco do Povo